O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta quinta-feira (2) uma lei que retira o país do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT), em meio à guerra com a Ucrânia.
O tratado de 1996 proíbe todos os testes de armas nucleares, mas não chegou a entrar em vigor porque alguns países, inclusive Estados Unidos e China, não assinaram.
“Não estou pronto para dizer se devemos ou não retomar os testes”, disse Putin, que ainda elogiou o desenvolvimento de novos mísseis que podem transportar ogivas nucleares. Em outubro, o presidente russo havia dito que revogaria a ratificação do tratado pelos Estados Unidos não terem assinado até hoje.
Desde o início da guerra da Ucrânia, membros do alto escalão do governo russo ameaçaram usar armas nucleares, mas Putin pessoalmente foi mais cauteloso quanto a isso.
O tratado, simbólico por ainda não ter entrado em vigor, foi ratificado pela Rússia em junho de 2000, seis meses após Putin ter virado presidente. Ao todo, 178 países assinaram, incluindo França e Inglaterra, potências nucleares.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.