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Agronegócio

Safra recorde: Conab está em campo fazendo levantamento da safra 2023/24 de cana-de-açúcar

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já está em campo para realizar o terceiro levantamento da safra 2023/24 de cana-de-açúcar. A ação teve início no dia 29 último e segue até 11 de novembro.

Nesse momento, a colheita na região Centro-Sul está próxima de sua conclusão, enquanto na região Norte/Nordeste, ela deve seguir até o final de março de 2024.

Nessa pesquisa de campo os técnicos da Conab analisam dados vitais, como área de cultivo, produtividade, além da produção de cana-de-açúcar, etanol e açúcar, entre outros aspectos. Esses dados permitem à Conab obter uma visão mais ampla e detalhada sobre a atual safra.

O processo de acompanhamento da safra de cana-de-açúcar é realizado visando abastecer com informações que auxiliem o governo federal a gerir as políticas públicas voltadas para o setor e apoiem a tomada de decisão dos agentes do mercado, tendo em vista sua importância estratégica e econômica para o Brasil.

Esse trabalho é realizado a partir de uma parceria permanente entre o setor público e o setor privado, promovendo avaliações quadrimestrais da safra brasileira de cana-de-açúcar. Os resultados são divulgados em quatro boletins anuais.

A Conab produz ainda o estudo sobre o Perfil do Setor do Açúcar e do Etanol no Brasil, condensando informações sobre o setor e abordando aspectos ligados à fase industrial, agrícola e do próprio sistema de produção.

Esse esforço tem o propósito fundamental de instrumentalizar o Governo Federal na tarefa de gerir as políticas públicas, permitindo também a compreensão de um quadro abrangente da organização e do funcionamento do setor sucroalcooleiro no país.

SAFRA RECORDE – Usinas brasileiras da região centro-sul ampliarão a moagem de cana-de-açúcar para além do período tradicional para conseguir processar o máximo de uma safra recorde na temporada 2023/24 e aproveitar os altos preços do açúcar, segundo proprietários e diretores de usinas reunidos no Sugar Dinner, em São Paulo.

A temporada de produção de açúcar e etanol no centro-sul geralmente termina em novembro, quando as chuvas tornam-se mais frequentes – dificultando a operação das máquinas nos canaviais – e já não sobra muita cana para ser colhida.

Este ano, no entanto, uma colheita estimada em cerca de 630 milhões de toneladas e os preços do açúcar bruto em máximas de 12 anos farão com que as usinas tentem operar por mais tempo.

“Pretendemos ir até 10 a 15 de dezembro. Normalmente a gente fecha em 20 de novembro, acima disso começa a prejudicar demais o canavial para as próximas safras”, disse José Sergio Ferrari Júnior, da Usina Ferrari, em Pirassununga (SP), em entrevista à Reuters durante o evento do setor na noite de quinta-feira.

Ele lembrou que o segmento investiu no canavial na safra 2023/24, e o clima colaborou com aumento da produtividade.

“O setor tem renovado acima da média o canavial e as chuvas ajudaram, o que tem atrapalhado um pouco o final de safra, a operação agrícola”, ponderou.

Ele comentou que, apesar do prolongamento da safra, vai sobrar cana para a próxima temporada (2024/25), que promete também ser antecipada, para março, uma vez que o ciclo no centro-sul se inicia oficialmente em abril.

“Essa safra do centro-sul vai se prolongar o máximo possível, porém tem alguns ‘deadlines’. Apesar de ter cana, de sobrar cana bisada que não vai ser moída, isso vai antecipar o início da safra do ano que vem, vai diminuir a entressafra”, afirmou o diretor-presidente da Alcoeste Bioenergia, Luis Antonio Arakaki, também durante o Sugar Dinner.

Ele ponderou que a Alcoeste, assim como outras empresas do setor, estão testando suas capacidades máximas, uma vez que correm para processar o quanto podem da cana diante dos preços favoráveis, já que há um déficit global no mercado de açúcar em meio à queda de produção em outros países.

Antonio Cesar Salibe, presidente-executivo da associação de usinas Udop, estimou em cerca de 30 milhões de toneladas o volume de cana-de-açúcar que será deixado nos campos para a colheita da nova safra, em março.

“O que conseguir, o setor vai moer. Um diretor de uma usina da região de Araçatuba me disse que eles vão até 15 de janeiro, eles vão prolongar o máximo que puderem”, afirmou.

MAIS AÇÚCAR – Já Arakaki, da Alcoeste, disse que diversos grupos estão fazendo ajustes nas usinas e ampliarão a capacidade de produção de açúcar em 2024 e em 2025, de olho na boa remuneração.

“Existem investimentos de destilarias que não tinham fábricas de açúcar, que estão entrando em produção no ano que vem e em 2025. Existe um ‘retrofit’, um ganho de eficiência em todas as usinas sem exceção, colocando alguma coisa para ganhar um pouco mais”, comentou.

“Isso vai se refletir em um avanço muito grande, talvez até 4 milhões de toneladas, 3 a 4 milhões de toneladas de açúcar”, comentou, lembrando que, com o mundo demandando o produto do Brasil diante da quebra de safra em outros países, isso aumenta gargalos logísticos nos portos.

O diretor de Agronegócios do Itaú BBA, Pedro Fernandes, disse que a instituição tem mapeado “investimentos importantes” em capacidade de produção de açúcar, de quase 1,6 milhão de toneladas por safra, além de aportes em biometano e desengargalamentos em geral.

“Ainda assim, frente à geração de caixa do setor, apesar desses investimentos, é um ano de maior desalavancagem”, disse, lembrando que o segmento tem tirado proveito dos bons preços e há expectativa de uma nova boa safra em 2024/25, em termos de cotações e volumes.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Preço competitivo faz carne de frango ganhar espaço frente à suína e bovina

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A carne de frango está no nível mais competitivo frente à suína em quatro anos, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Até o dia 19 de novembro, o frango inteiro era vendido, em média, por R$ 6,68 a menos por quilo do que a carcaça especial suína. Esta diferença é 14,4% maior do que a registrada em outubro, destacando o aumento da competitividade do frango.

Os pesquisadores do Cepea apontam que essa competitividade crescente ocorre principalmente porque os preços da carne suína têm subido de forma mais acentuada do que os da proteína avícola. Este movimento reflete um cenário de encarecimento dos custos de produção da carne suína, que acabam sendo repassados ao consumidor final.

O frango também leva vantagem quando comparado à carne bovina. Em novembro, a carne bovina apresentou valorizações significativas, tornando o frango uma opção mais acessível aos consumidores. O aumento dos preços da carne bovina reforça a preferência do consumidor pelo frango, uma alternativa mais econômica em tempos de alta nas outras proteínas.

Este cenário destaca a relevância da carne de frango no mercado nacional. Além de ser uma opção mais econômica, o frango se mantém competitivo e é frequentemente escolhido por consumidores que buscam equilíbrio entre qualidade e preço. A acessibilidade e o valor nutricional do frango continuam a impulsionar sua demanda, especialmente em um momento em que outras proteínas estão mais caras.

A crescente competitividade do frango reflete não apenas uma mudança nos hábitos de consumo, mas também uma adaptação das cadeias produtivas às novas realidades econômicas. A eficiência na produção de frango, aliada a custos de produção relativamente menores, possibilita que essa proteína seja oferecida a preços mais competitivos no mercado.

Em resumo, a carne de frango se consolida como uma alternativa econômica e de alta demanda no Brasil, mantendo-se à frente das carnes suína e bovina em termos de preço e acessibilidade. Este cenário é reforçado pelos dados do Cepea, que indicam uma tendência contínua de valorização do frango, tornando-o um componente essencial da dieta dos brasileiros e uma peça chave na economia nacional.

Fonte: Pensar Agro

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