A prova de redação acontece já no primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no próximo domingo (5). De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de 3,9 milhões de pessoas estão inscritas para realizar a prova neste ano.
Embora a escrita de cada um seja diferente, a estrutura do texto pedido pelo Enem e os critérios de correção devem ser estudados por todas as pessoas que vão realizar a prova.
No primeiro dia de aplicação, os participantes terão que escrever um texto dissertativo-argumentativo de até 30 linhas sobre uma situação-problema proposta na prova, a partir dos textos motivadores e do conhecimento de cada aluno.
A nota da redaçãopode chegar a 1.000 pontos, mas algumas situações podem levar à nota zero, como fugir do tema proposto, elaborar um texto de menos de sete linhas ou desobedecer à estrutura requerida.
Para que o candidato consiga fazer uma boa redação, a professora Daniela Cristina da Silva Garcia, do Aprova Total, mestra e doutoranda em linguística aplicada, afirma que, antes de tudo, é necessário manter a calma e se atentar à estrutura do texto.
“Com o objetivo de controlar a ansiedade, os estudantes acabam buscando fórmulas mágicas ou tentativas — normalmente frustradas — de acertar o tema da redação, esquecendo a importância da estrutura do texto para a nota”, diz ela.
Segundo a docente, o primeiro passo é saber montar a estrutura da redação e construir os argumentos que serão usados, para trazer “mais segurança na hora de escrever”, além de se atentar aos critérios de correção do texto.
Ainda não comecei a estudar para a redação. E agora?
De acordo com a professora, a falta de prática não significa que o texto, necessariamente, vá ficar ruim, já que “a lógica argumentativa das redações é muito parecida”, apesar dos estilos diferentes.
Já estudei bastante, mas quero melhorar a escrita. O que posso fazer?
Continue treinando
A mestra e doutoranda em linguística aplicada afirma que, para os que já se sentem mais preparados para a redação, a melhor forma de aprimorar a escrita é praticar constantemente. Além disso, para ganhar mais segurança no dia da prova, é preciso estar consciente dos erros e acertos cometidos nos rascunhos, para que o estudante possa usar esses dias antes do exame para lapidar os últimos detalhes.
Atente-se aos erros ortográficos
A ortografia é um desses pontos, de acordo com Daniela. Ela ressalta que é importante saber as regras gramaticais, mas também entender como aplicá-las no texto, especialmente as que o candidato costuma errar.
“Normalmente erramos sempre as mesmas coisas, pois temos um estilo próprio de escrita, com alguns vícios na hora de escrever. Então, a dica é rever os seus últimos textos e analisar os errinhos de norma padrão que aparecem neles”, sugere.
Pesquise sobre adequação ao tema
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, a professora destaca que somente um repertório já é o suficiente para alcançar a nota máxima da redação, mas é necessário que ele seja relacionado de forma adequada ao tema proposto.
“É importante buscar sempre conectar o exemplo citado com o objetivo traçado para o parágrafo da maneira mais clara possível”, pontua.
Pratique argumentação
Os argumentos que o aluno vai construir ao longo do texto também são uma parte importante a ser levada em consideração na avaliação. Para que esse ponto seja melhorado, a recomendação de Daniela é que o estudante leia redações nota mil e preste atenção na argumentação usada pelo candidato.
“Se o seu problema é falha na argumentação, uma boa forma de estudar é reler os textos nota máxima e grifar as partes autorais e opinativas que demonstram a relação que o autor estabeleceu entre o repertório e o objetivo traçado para cada um dos parágrafos”, afirma.
Exercite o uso de conectivos
Para cumprir a regra do Enem, segundo a professora, é necessário usar conectivos no início de pelo menos dois parágrafos. A dica é estudar como cada um deles deve ser usado e de que maneira se encaixam no texto.
“Por exemplo, quando usamos ‘entretanto’, a relação entre os períodos ligados por ele precisa necessariamente ser de contraste ou oposição”, ressalta. Outra recomendação é, após terminar a redação, grifar os conectivos usados para verificar se algum deles é repetido muitas vezes, já que isso também pode descontar pontos da nota final.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.