Connect with us

Agronegócio

No Amazona a seca traz prejuízos a 60% dos 330 mil produtores

Publicado

em

Enquanto no Sul chove torrencialmente, a intensa seca transforma a região norte num deserto. A estimativa é que 60% dos 330 mil produtores do Amazonas estejam enfrentando queda na produção, dificuldades de escoamento e acesso a insumos.

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, destaca que praticamente todo o estado está sendo atingido pela seca, com 62 municípios decretando estado de emergência. Cerca de 500 mil pessoas estão sendo afetadas, enfrentando dificuldades de acesso à água potável, alimentação e combustível.

De acordo com o boletim, no período de janeiro deste ano até 25 de outubro, foram registrados 18.170 focos de calor no estado, dos quais 2.5 mil ocorreram na região metropolitana de Manaus. Somente em outubro, até o momento, foram contabilizados 3.368 focos de calor, mais que o dobro do número registrado no mesmo período do ano anterior, quando houve 1.335 focos de calor.

Além disso, a Defesa Civil informou que, no período de 12 de julho a 25 de outubro, o Corpo de Bombeiros atendeu a 2.482 ocorrências de incêndios, sendo 710 em Manaus e 1.772 no interior do estado.

Em relação à capital, Manaus, a seca deste ano é considerada a mais grave registrada em 121 anos. O Rio Negro está 12,7 metros abaixo do normal, o nível mais baixo já registrado desde 1902, quando começaram as medições do volume do rio. Em contraste, o recorde de maior altura medida foi de 30,02 metros em 16 de junho de 2021.

Esse cenário crítico ocorre em meio ao fortalecimento do fenômeno El Niño, caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais na região leste do Oceano Pacífico equatorial.

Essas mudanças na interação entre a superfície do oceano e a atmosfera inferior ocorrem em intervalos que variam entre três a sete anos e têm impactos no clima em diversas partes do mundo.

Isso ocorre porque o comportamento das massas de ar no Oceano Pacífico adota novos padrões de transporte de umidade, afetando a temperatura e a distribuição das chuvas em diversas regiões do planeta.

Fonte: Pensar Agro

Continue Lendo

Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

Publicado

em

Por

Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora