A declaração foi feita pelo Ministério das Relações Exteriores: “Um membro do gabinete político do movimento de resistência islâmico Hamas, Abu Marzuk, está em Moscou”.
Segundo a agência de notícias Tass , a delegação palestina encontrou o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, enviado especial da Rússia para o Oriente Médio e a África.
No encontro foi discutida “a liberação imediata dos reféns estrangeiros na Faixa de Gaza e a questão da garantia de evacuação dos cidadãos russos e estrangeiros do território do enclave palestino”.
Em reação, o porta-voz da chancelaria israelense escreveu, nas redes sociais: “Hamas é uma organização terrorista pior que o ISIS [Estado Islâmico]. Israel condena o convite de representantes do Hamas a Moscou. Um ato de apoio ao terrorismo que legitima as atrocidades. Pedimos ao governo russo que expulse os terroristas imediatamente”.
Reféns
Também nesta quinta-feira, centenas de familiares de reféns e desaparecidos desde 7 de outubro se reuniram em Tel Aviv para mandar uma mensagem ao governo de Benjamin Netanyahu: “Nossa paciência acabou. Tragam os reféns de volta, agora!”.
“Pedimos que o governo fale conosco neste noite e nos diga como pretende trazê-los de volta. Estamos intensificando a luta, não esperaremos mais para sermos guiados”, disse Meirav Leshem Gonen, mãe de uma jovem raptada.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.