O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nesta quarta-feira (25) com o Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, sobre a guerra entre Israel e Hamas. Na conversa, Lula destacou “o relevante papel desempenhado pelo Catar nas tentativas de mediação do conflito”, diz o Planalto.
Durante o diálogo, tanto Lula quanto o Emir concordaram sobre a importância de se abrir um corredor humanitário na Faixa de Gaza e da libertação de todos os reféns. Ambos também ressaltaram a necessidade de um cessar-fogo na região, afirmando que é necessário evitar uma escalada no conflito.
“Brasil e Catar coincidem sobre uma solução de dois Estados, Israel e Palestina, convivendo juntos e em paz”, diz o Planalto.
Na conversa, Lula ainda demosntrou preocupação sobre o grupo de brasileiros que está em Gaza esperando pela repatriação . Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aguarda no Cairo, capital do Egito, para transportar os cidadãos brasileiros assim que a fronteira for aberta para a retirada de estrangeiros.
O Catar exerce papel importante nas negociações sobre a guerra, já que participou das negociações que resultaram, até o momento, na libertação de quatro reféns pelo Hamas.
“Segundo dizem, o Catar tem relação com o Hamas, com o Hezbollah, eu não sei. Mas eu estou conversando com todo mundo”, disse Lula nesta terça-feira (24), durante seu programa semanal “Conversa com o Presidente”. O Catar é o país onde ficam as lideranças do Hamas.
Além do Emir do Catar, Lula já conversou com outras autoridades sobre a guerra, como os presidentes de Israel (Isaac Herzog), da Autoridade Palestina (Mahmoud Abbas), do Irã (Ebrahim Raisi), do Egito (Abdel Fattah el-Sissi), da Turquia (Recep Tayyip Erdogan), da França (Emmanuel Macron), da Rússia (Vladimir Putin), dos Emirados Árabes (Mohammed bin Zayed Al Nahyan) e do Conselho Europeu (Charles Michel).
Nesta terça, Lula disse que seu objetivo com essas ligações é conseguir realizar negociações que levem à paz . “Não é com guerra que a gente resolve o problema. Em uma mesa de negociação, não morre ninguém, custa mais barato e a gente pode encontrar solução. É preciso que a gente consiga que, lá no Oriente Médio, Israel fique com o território que é seu, que está demarcado pela ONU, e os palestinos tenham direito de ter a sua terra. É simples assim, e não precisa ninguém ficar invadindo a terra de ninguém”, afirmou o presidente.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.