O presidente francês, Emmanuel Macron, propôs nesta terça-feira (24) que uma coalizão internacional que luta contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria seja ampliada para incluir a luta contra o grupo militante palestino Hamas em Gaza.
Macron não deu detalhes sobre como a coalizão de dezenas de países liderada pelos Estados Unidos, da qual Israel não faz parte, poderia ser envolvida.
Falando ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Jerusalém, Macron enfatizou que França e Israel têm no terrorismo seu “inimigo comum”.
“A França está pronta para que a coalizão internacional contra o Daesh, da qual participamos para operações no Iraque e na Síria, lute também contra o Hamas”, disse ele aos repórteres, referindo-se ao Estado Islâmico.
Macron, que alertou contra os riscos de um conflito regional, também disse que a luta contra o Hamas “precisa ser sem misericórdia, mas não sem regras”.
Netanyahu não comentou diretamente a proposta de Macron, mas afirmou que a luta é uma batalha entre o “eixo do mal” e “o mundo livre”.
“Essa batalha não é apenas nossa… é a batalha de todos”, disse ele.
Coalizão
A coalizão liderada pelos EUA que combate o Estado Islâmico foi formada em setembro de 2014.
O que começou como uma grande operação militar que ajudou a “proporcionar a derrota militar do Daesh no Iraque e na Síria”, concentra-se agora no aconselhamento e assistência aos parceiros locais, inclusive com reconhecimento e inteligência, para garantir que o Estado Islâmico não recupere terreno perdido, afirma a coligação em seu site. A coalização opera principalmente no Iraque.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.