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MATO GROSSO

Boas práticas da Justiça Restaurativa são compartilhadas em evento nacional

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Oito projetos de todo o país compartilharam suas experiências baseadas em práticas restaurativas com os participantes do I Encontro Nacional de Justiça Restaurativa, realizado nos dias 18 e 19 de outubro, em Cuiabá. Durante os dois dias de evento, a plateia pôde conhecer mais detalhes das ações realizadas em diversas comarcas brasileiras.
 
As apresentações foram realizadas em formato de pitch, onde, ao longo de seis minutos, os coordenadores ou representantes dos projetos expuseram aos convidados como as atividades são desenvolvidas em cada localidade.
 
No primeiro dia, subiram ao palco magistrados dos estados de Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia. Profissionais da educação e da saúde de Mato Grosso também compartilharam seus cases de sucesso.
 
Em Goiás, por exemplo, a Justiça Restaurativa está sendo aplicada em diversas unidades prisionais do estado. Desde 2017, círculos de construção de paz são realizados com recuperandos e recuperandas para o resgate do protagonismo da pessoa privada de liberdade na condução do seu futuro. Através de um ciclo de 12 círculos, a pessoa consegue ter despertada a consciência e responsabilização sobre os seus atos.
 
“A gente espera ter contribuído com a nossa experiência realizada na execução penal do estado de Goiás e, sem dúvidas, este projeto tem transformado vidas de centenas de pessoas. E participar deste encontro e ouvir outras experiências exitosas nas comarcas de diversos estados brasileiros foi muito proveitoso”, disse o juiz de direito do Tribunal de Justiça de Goiás, Felipe D’Ávila.
 
Em Rondônia, o projeto Vozes da Floresta oportuniza às populações ribeirinhas o acesso à Justiça de forma integral. “Nós temos no estado um número muito grande de pessoas que são ribeirinhas e o projeto consegue levar até elas vários serviços do Judiciário. Isso é feito através do barco da Justiça Itinerante, onde todos os órgãos de Justiça vão até a localidade ribeirinha e atende desde a atermação até a decisão judicial daquelas demandas da população”, explicou a juíza do Tribunal de Justiça de Rondônia, Kerley Alcântara.
 
Representando o estado do Rio de Janeiro, a juíza Cláudia Vidal apresentou como as práticas restaurativas com conceitos de comunicação não-violenta e inteligência emocional estão sendo utilizadas em palestras e oficinas de convivência para modificar o ambiente institucional.
 
As boas práticas mato-grossenses não ficaram de fora e projetos que aplicam a Justiça Restaurativa nos ambientes escolares foram destaque nos pitches. Em Campo Novo do Parecis, numa parceria entre o Judiciário e o executivo municipal, proporcionou que círculos de construção de paz e outras medidas restaurativas fossem aplicadas com recorrência nas unidades escolares e transformassem a realidades das crianças atendidas.
 
É maravilhoso conhecer outras culturas, outros estados e saber que todos nós estamos falando a mesma língua. Cada um fazendo de uma forma diferente, porém chegando ao mesmo objetivo de pacificação social. Em Campo Novo, nós buscamos fomentar o pertencimento dos estudantes àquele ambiente para que eles se sintam mais acolhidos e tenham a oportunidade da mudança de vida dentro do ambiente escolar”, esclareceu Thais Cunha Oliveira, assistente social do município de Campo Novo do Parecis.
 
No município de Alta Floresta, o projeto desenvolvido pela comarca visa desenvolver o socioemocional das crianças por meio dos círculos de construção de paz e das práticas restaurativas.
 
“Já temos excelentes resultados com o projeto. As crianças dizem que já conseguem se expressar melhor, elas vão perdendo a vergonha e começam a compreender melhor o seu papel dentro da sociedade, a respeitarem os pares e a pensarem o futuro de uma maneira mais inclusiva”, disse a juíza da 6ª vara cível de Alta Floresta, Luciene Ross.
 
Em Sinop, as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar são orientadas a participar de círculos de construção de paz para fortalecimento da autoestima e escalar o potencial de cura que as práticas restaurativas proporcionam.
 
“Nós proporcionamos a todas um ambiente seguro para que elas pudessem olhar para si mesmas e visualizar nas histórias de outras mulheres a possibilidade de evolução emocional para quebrar o ciclo da violência”, explicou a juíza da 2ª vara criminal de Sinop, Débora Paim Caldas.
 
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 01: Auditório do plenário lotado de pessoas. Ao fundo um painel está com a logomarca do I Encontro Nacional de Justiça Restaurativa. Logo a frente está o palco com 4 pessoas sentadas em cadeiras e 1 pessoa falando ao púlpito. Foto 2: Close-up no juiz Felipe D’Ávila, ele é um homem de cabelos escuros, pele parda, fala ao microfone e está posicionado lateralmente utilizando terno azul escuro, gravata azul escuro e camisa branca. Ao fundo, desfocado, está o painel com a logo do evento. Foto 3: A foto mostra um plano médio da assistente social Thais. Ela é uma mulher jovem, cabelos longos, pretos, presos por um rabo de cavalo, está usando uma blusa branca, blazer preto, usa óculos e fala ao microfone no púlpito. Ao fundo, desfocado, está a logomarca do evento com os outros palestrantes também em desfoque. Foto 4: A imagem é ampla, mostra o palco sendo ocupado por 3 mulheres. Duas delas estão sentadas e a juíza Débora Caldas está em pé falando ao microfone. Ela está usando uma saia e blazer azul petróleo, camisa branca, usa cabelos soltos, coloridos em tom amadeirado. A sua frente está a plateia.
 
Laura Meireles / Fotos: Alair Ribeiro e Ednilson Aguiar
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Pagamento de 1/3 de férias de contratados: Governo de MT encontra solução para impasse que durava 40 anos

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O governador Mauro Mendes assinou, nesta quarta-feira (18.09), o Decreto nº 656, que regulariza o pagamento de 1/3 de férias para servidores contratados pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT). Com um investimento de R$ 26 milhões, o Estado põe fim a uma reivindicação que já durava cerca de 40 anos.

Mauro Mendes disse que era um direito conquistado, mas que, infelizmente, foi negligenciado por gestões anteriores gerando inúmeras demandas judiciais, além de uma dívida enorme. O governador destacou que para dar maior celeridade aos processos judiciais em andamento que tratam do pagamento de 1/3 de férias retroativas dos professores temporários da educação básica, assinou o decreto em cooperação com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

“Estamos reconhecendo esse direito e aplicando o que é correto. Além de regularizar o pagamento correspondente a 1/3 das férias dos professores temporários, o Governo também implementará uma extensão do decreto para servidores temporários contratados em outras áreas da Seduc. Todos os professores no regime temporário vão ter esse direito reconhecido e pago nas próximas oportunidades”, explicou.

Na avaliação da presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino, todas as partes estão de parabéns porque não vão mais precisar litigar para receber esse direito. “É muito bom ter um governador que tem essa sensibilidade. Precisamos reconhecer o esforço dos nossos gestores. Dos que fazem o que tem que ser feito. Esses registros ficam na nossa memória para sempre, porque são cerca de 25 mil processos que teremos condição de liquidar positivamente. É momento de celebração”, completou.

A solenidade teve representantes de todos os poderes e o deputado estadual Valmir Moretto falou em nome do Legislativo. “A Assembleia não mediu esforços para contribuir com a solução de um tema tão relevante como esse. Nada mais justo do que atender um pedido dos nossos professores. É com esse trabalho que vamos ficar entre as redes mais bem avaliadas no País. Vamos colocar Mato Grosso no cenário que o Estado realmente merece”, falou o parlamentar.

O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, destacou a sensibilidade ao resolver o problema que se arrastava há décadas. “É uma gestão de eficiência que está fazendo uma transformação na educação e garantindo a valorização profissional necessária para que tenhamos ainda mais qualidade no ensino e na aprendizagem. Esse decreto assinado hoje impactou, certamente, na vida dos servidores da educação”.

A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) contribuiu com o processo de resolução do pagamento aos servidores da Educação, tanto na elaboração do Decreto e do Termo de Cooperação, do sistema que irá gerir os pedidos de quitação de valores, entre outras soluções, como explica o chefe da pasta, Basílio Bezerra.

“Após detectarmos e analisarmos a dimensão da situação e o nível de importância de propor uma solução, trabalhamos em conjunto com os demais órgãos na construção de soluções, para garantir aos servidores o que lhes é de direito. A Superintendência de Tecnologia da Informação da Seplag está finalizando um sistema para que o servidor faça o processo de solicitação do pagamento. Esse sistema estará disponível dentro do Portal do Servidor, garantindo transparência e celeridade ao processo”, ressalta o secretário Basílio.

O presidente da Associação Mato-grossense dos Servidores Públicos da Educação (AMPE), professor Fábio Bernardo da Silva, destacou a atuação no estado em resolver uma demanda que se arrastaa por décadas. “Esse é um marco histórico não só para os profissionais, mas para toda a população que recebe os serviços da Educação”, diz.

Também participaram da solenidade o vice-governador Otaviano Pivetta; o Procurador-geral do Estado, Francisco Lopes; o Corregedor-Geral do TJMT, desembargador Juvenal Pereira da Silva; a desembargadora do Núcleo de Cooperação Judiciária do TJMT, Antônia Siqueira Gonçalves; entre outros.

Fonte: Governo MT – MT

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