Em nota, a organização detalhou que “há falta de pessoal, medicamentos e suprimentos e os médicos restantes não conseguem lidar com o grande fluxo de pessoas feridas que chegam diariamente nas estruturas sanitárias com feridas traumáticas, queimaduras, fraturas e membros esmagados”.
“No hospital Al-Shifa, o principal de Gaza onde trabalham alguns membros da equipe de profissionais dos Médicos Sem Fronteiras, o combustível necessário para fazer funcionar os geradores está acabando, colocando em risco a vida de muitos pacientes”, acrescenta o texto.
Segundo a ONG, o hospital também se tornou um refúgio para milhares de pessoas que fogem dos bombardeios. Inclusive, o cirurgião ortopédico de MSF, que opera no centro médico Al-Shifa, divulgou que há “um enorme número de feridos, a maioria dos quais são civis, mulheres e crianças”.
“Mesmo neste momento, há mais de 3 mil pacientes e no nosso hospital, em condições normais, a capacidade máxima é de 700 leitos”, afirmou.
Entre os feridos com mais riscos estão principalmente os que estão em terapia intensiva, cuidados neonatais e aqueles que necessitam de máquinas de suporte respiratório.
Devido à escassez geral de medicamentos, pacientes com doenças crônicas, como diabetes e câncer, e mulheres grávidas também correm perigo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.