Tanques israelenses foram vistos disparando através da fronteira com Gaza. Segundo fontes médicas consultadas pelo jornal Al Jazeera, uma família de 11 pessoas foi morta, incluindo seis crianças. Até agora, chega a 44 o número de mortos somente nesta quinta. Desde a escalada do conflito, 3.785 palestinos morreram na Faixa de Gaza, e os feridos chegam a 12 mil.
Com os hospitais sobrecarregados em Gaza, incluindo os hospitais particulares que também abriram suas portas aos feridos, os médicos têm atendido pacientes sem anestesia, devido à falta de materiais.
O Exército israelense prepara uma ofensiva terrestre na região. Na última sexta-feira (13), os militares ordenaram que 1,1 milhão de palestinos na Faixa de Gaza se deslocassem para o sul do território. Milhares de habitantes iniciaram uma rota de fuga no último sábado (14), mas as incursões terrestres ainda não foram iniciadas.
Conflito entre Israel e Hamas já dura duas semanas
Desde o dia 7 de outubro, quando o grupo extremista Hamas atacou Israel, milhares de pessoas morreram. No total, o confronto deixou mais de 5 mil mortos, segundo o último balanço do Ministério da Saúde de Gaza. O número de palestinos mortos é de 3.785. Entre os israelenses, somam-se 1.402 vítimas. Na região da Cisjordânia, há também 65 vítimas e outros 1.250 feridos.
Segundo a mídia local, dentre os mortos, mais de 700 são crianças e 500 são mulheres. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira, durante visita do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, que a guerra contra o Hamas será longa.
Nessa quarta (18), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou Israel e afirmou que o país “não está sozinho”. “Os EUA não vão a lugar nenhum. Nós ficaremos com vocês”, garantiu.
“Enquanto os Estados Unidos existirem, e nós existiremos para sempre, vocês não estarão sozinhos”, complementou o presidente americano. Biden ainda acusou as “atrocidades” do Hamas de fazerem o Estado Islâmico “parecer mais racional”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.