O estado de São Paulo registrou 3,6 quilômetros de cabos de telecomunicação furtados ou roubados por dia no primeiro semestre deste ano. No total, 664 quilômetros de fios foram subtraídos nos seis primeiros meses de 2023. A quantidade equivale à distância entre a capital paulista e Florianópolis, em Santa Catarina.
Os números são da Conexis Brasil Digital, entidade que representa as maiores operadoras de telecomunicações do país, e foram divulgados nesta semana. De acordo com a entidade, o volume de cabos furtados ou roubados aumentou 21,9% no primeiro semestre de 2023 em relação ao segundo semestre de 2022, quando o total levado foi de 490,7 km.
Este ano, o número também é 35,3% maior quando comparado ao mesmo período do ano passado, quando o volume levado foi de 544,9 km. No total, segundo os dados, 7 milhões de consumidores foram afetados pelos danos.
No dia a dia, o furto e roubo de cabos de receptação podem afetar milhões de pessoas, fazendo com que haja redução na qualidade do sinal de internet, telefonia e TV por assinatura. Em casos mais graves, o sinal pode até mesmo ser suspenso.
Esse tipo de delito ainda pode comprometer os serviços de utilidade pública, como a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Em todo o Brasil, de janeiro a junho, quase 2,9 mil quilômetros de fiação foram furtados, o equivalente a 16 quilômetros por dia. O número supera as ocorrências do mesmo período do ano passado em 23,5%, quando o total era de 2,3 mil quilômetros.
Mais de um quinto das ocorrências registradas pela entidade foram identificadas em São Paulo. Em segundo lugar, aparece o Paraná, que teve 591 quilômetros de cabos levados. Em terceiro, vem a Bahia, estado que esse tipo de crime mais cresceu de um ano para o outro, com 296 quilômetros no primeiro semestre, registrando uma alta de 188,5%.
Os furtos acontecem devido a um dos principais materiais usados nas fiações: o cobre. Atualmente, o quilo do material é cotado em aproximadamente R$ 40, de acordo com a bolsa de metais de Londres.
O furto desses cabos também gera problemas a outros tipos de serviços, como aos semáforos das cidades. Na capital paulista, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 2.223 falhas em semáforos somente até abril deste ano, em decorrência desse tipo de crime. O volume equivale a, em média, 18 panes por dia.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.