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Política Nacional

Governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente R$ 16,5 mi em joias

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Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao lado da então primeira-dama Michelle Bolsonaro
Isac Nóbrega/PR – 01.08.2022

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao lado da então primeira-dama Michelle Bolsonaro


O governo  ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o Brasil joias com diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões. Os itens se tratavem de presentes do governo da Arábia Saudita apara a então  primeira-dama, Michelle Bolsonaro. 

O episódio aocnteceu em outubro de 2021, dado que todas as joias ficaram retidas na Receita Federal do Aeroporto de Guarulhos (SP).  O material ficou apreendido no local por não ter sido devidamente declarado.

De acordo com publicação feita pelo jornal O Estado de S.Paulo, o conjunto de joias valiosas contava com colar, anel, relógio e marca de brincos de diamantese estava na mochila do militar Marcos André dos Santos Soeiro, que havia acompanhado Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia, em uma viagem ao Oriente Médio. 


A reportagem do jornal informou ainda que, ao tomar conhecimento de que os itens ficaram retidos na Alfândega, o ex-minstro retornou para tentra, ele próprio, recuperar as joias sob o argumento de que se tretavam de um presente para Michelle. 

As joias ficaram retidas pelos ficais do aeroporto porque, de acordo com a legislação brasileira, para entrar no país com mercadorias acima de R$ 1 mil, o passageiro precisa pagar imposto de importação equivalente a 50% do valor do produto.

A omissão dos itens, como aconteceu com o militar, faz com que a pessoa responsável pelos produtos tenha que pagar  uma multa adicional de 25% sobre valor.

Tentativa de recuperar as joias

O ex-chefe do Executivo tentou recuperar as joias em pelo menos quatro ocasiões. A primeira delas foi em novembro de 2021, quando o Itamaraty pressionou a Receita Federal para que fossem tomadas todas as medidas em função da liberação dos itens. 

Leia mais:  Bolsonaro defende golpistas que participaram de ato terrorista no DF

Já a última tentativa de reaver as joias aconteceu no dia 29 de dezembro de 2022, nos últimos dias de Bolsonaro como presidente e na data que antecedeu a viagem do então líder brasileiro para os Estados Unidos.

Na ocasião, foi o sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva, Chefe da Ajudância de Ordens do presidente, quem foi até Guarulhos para “atender demandas” de Bolsonaro, segundo um documento da FAB (Força Aérea Brasileira) obtido com exclusividade pelo Estadão.

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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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