Bombardeios de Israel atingiram as cidades de Rafah e Khan Younes durante a madrugada desta terça-feira (17) na Faixa de Gaza, matando 80 pessoas, segundo o Ministério do Interior de Gaza.
A área está repleta de civis que fugiram do norte de Gaza quando Israel estipulou um curto prazo curto para que as pessoas deixassem suas casas rumo ao sul. Khan Younes é a maior cidade do sul de Gaza e atualmente abriga o maior dos dois grupos de brasileiros em Gaza, com 16 pessoas, sendo 9 crianças, 5 mulheres e 2 homens.
Por sua vez, Rafah é a cidade que possui a única fronteira internacional que está fora do domínio das forças de Israel, servindo de abrigo para vários grupos de estrangeiros que aguardam a abertura da passagem para o Egito, permitindo sua repatriação. A cidade tem, no momento, 10 brasileiros – 4 crianças, 3 mulheres e 3 homens.
Crimes de guerra
O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou nesta terça-feira (17) que o cerco de Israel à Faixa de Gaza e a ordem para a retirada de civis da região norte pode configurar uma violação aos direitos internacionais.
De acordo com Ravina Shamdasani, porta-voz do escritório, Israel não se esforçou para garantir que os civis saíssem de casa com acomodações com condições adequadas de higiene, segurança, alimentação e segurança.
“Estamos preocupados que esta ordem, combinada com a imposição de um cerco completo a Gaza, possa não ser considerada uma evacuação temporária legal e, portanto, equivaleria a uma transferência forçada de civis, em violação do direito internacional”, disse Ravina.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.