O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta segunda-feira (16), por telefone, com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A conversa durou cerca de 30 minutos. Em nota, o Palácio do Planalto informou que ambos trocaram informações sobre as eleições presidenciais na Venezuela, previstas para o ano que vem.
“O presidente brasileiro solicitou informações sobre o processo de negociação entre o governo e a oposição, bem como as tratativas em curso entre Caracas e Washington com vistas ao levantamento das sanções contra a Venezuela, que atingem a economia e a população civil do país”, diz a manifestação do Planalto.
Lula e Maduro também discutiram medidas para facilitar o comércio na fronteira entre os dois países. O presidente venezuelano indicou que encaminhará nos próximos dias uma sugestão para o tratamento das cargas brasileiras retidas na fronteira, entre os países, que fica no estado de Roraima.
Os dois presidentes ainda falaram em formas de acelerar a negociação de um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos e discutiram a retomada da exportação de energia elétrica da Venezuela para o Brasil. A energia oriunda do país vizinho abastecia sobretudo Roraima, único estado brasileiro que não está conectado diretamente ao Sistema Interligado Nacional.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.