Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) está semana chama atenção para um problema crítico no Brasil que afeta principalmente mulheres: o estupro.
Segundo a pesquisa, o número de vítimas por ano no país é de cerca de 822 mil pessoas, o que é equivalente a dois casos por minuto. O Ipea também calculou a proporção de casos que não são idetificados nem pela polícia, nem pelo sistema de saúde. Deste número total, apenas 8,5% chegam ao conhecimento da polícia e, pelo menos, 4,2% são idetificados no sistema de saúde.
O levantamento aponta a gravidade relacionada ao assunto, já que, além da impunidade, muitas das vítimas estupro ficam desatendidas em termos de saúde, já que, como os autores ressaltam, a violência sexual contra as mulheres frequentemente está associada a depressão, ansiedade, impulsividade, distúrbios alimentares, sexuais e de humor, alteração na qualidade de sono, além de ser um fator de risco para comportamento suicida.
Para realizar a pesquisa, o Ipea se baseou em dados da Pesquisa Nacional da Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNS/IBGE), e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, tendo o ano de 2019 como referência.
O Sinan aponta que a maior quantidade de casos de estupro no país ocorre entre jovens, com o pico de idade aos 13 anos. Veja o gráfico abaixo:
Em relação aos agressores e a relação deles com as vítimas, notam-se uqatro grupos principais: os parceiros e ex-parceiros, os familiares (sem incluir as relações entre parceiros), os amigos/conhecidos e os desconhecidos.
Visualizando este cenário, a estimativa de 822 mil estupros apresentada pela pesquisa é, de acordo com responsáveis, conservadora. Segundo um dos autores do estudo e pesquisador do Ipea, Daniel Cerqueira, faltam estudos especializados sobre violência sexual abrangendo o universo da população brasileira. Por isso, de acordo com ele, as análises se limitam e se fundamentam apenas na base de registros administrativos (Sinan).
“O registro depende, em boa parte dos casos, da decisão da vítima, ou de sua família, por buscar ajuda no Sistema Único de Saúde”, explicou.
Tendo isso em vista, ele aponta que o número total de casos notificados difere substancialmente da prevalência real, já que muitas das vítimas não se apresentam em nenhum órgão público para registrar o crime.
Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.
Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.
Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.
Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.
O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.
O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.