A UNRWA (Agência das Nações Unidas para ajuda de refugiados palestinos na zona leste) afirmou que 14 dos seus funcionários já foram mortos nos ataques à Faixa de Gaza, segundo um comunicado divulgado neste domingo (15). Eles seriam professores, engenheiros, psicólogos e um ginecologista. A dificuldade de recebimento de recursos está inviabilizando a ajuda humanitária, afirma Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência.
“Antes da guerra – e nós sempre devemos lembrar isso -, Gaza estava sob bloqueio por 16 anos, e basicamente, mais de 60% da população já dependia do auxílio internacional para ter alimentos. Já era uma sociedade de auxílio humanitário antes da guerra”. E afirma que mais de 13 mil funcionários da UNRWA estão fora de suas casas ou dispersos pela Faixa de Gaza.
“Toda história que vem de Gaza é sobre sobrevivência, desespero e perda. Milhares de pessoas foram mortas, incluindo mulheres e crianças. Agora, Gaza está até ficando sem sacos para cadáveres”. E completa: “Pelo menos um milhão de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas em apenas uma semana. Um rio de pessoas continua a fluir para o Sul”.
De acordo com a mensagem, “pelo menos 50 mil pessoas desabrigadas estão em escolas e edifícios da UNRWA, e a maioria não é equipada com abrigos de emergência. Condições sanitárias são, simplesmente, terríveis, e nós temos relatos na nossa base logística, por exemplo, que centenas de pessoas estão dividindo apenas um banheiro”.
” O ataque da semana passada contra Israel foi horrendo – imagens devastadoras e testemunhos continuam a surgir. O ataque e a captura de reféns são violações flagrantes das leis humanitárias internacionais. Mas a resposta ao assassinato de civis não pode ser matar mais civis. Impor um cerco e bombardear infraestrutura civil em uma área densamente populosa não vai trazer paz e segurança à região. O cerco a Gaza, da maneira como foi imposto, nada mais é que punição coletiva”, completa o comunicado.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.