A Liga Árabe e a União Africana divulgaram neste domingo (15) uma nota conjunta na qual afirmam que uma invasão terrestre de soldados israelenses na Faixa de Gaza poderia causar um “genocídio sem precedentes” do povo palestino.
Para as entidades, há a “necessidade urgente de evitar a escalada” do conflito entre Israel e o grupo Hamas . “Uma operação terrestre israelense envolveria, sem dúvida, um grande número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças, o que poderia levar a um genocídio sem precedentes”, diz a nota conjunta.
Na publicação, a Liga Árabe e a União Africana pedem pela “cessação imediata das ações militares em Gaza e por um esforço internacional para fornecer ajuda humanitária urgente” aos palestinos na região.
As entidades ainda cobram da Organização das Nações Unidas (ONU) e da comunidade internacional uma “posição firme” para impedir a “catástrofe que ocorre diante dos nossos olhos antes que seja tarde demais”.
“À luz da crise humanitária que se intensifica rapidamente em Gaza, onde a população carece de água potável e eletricidade e o setor da saúde está à beira do colapso, as duas organizações sublinham a necessidade urgente de abrir um corredor humanitário para fornecer ajuda básica à população e socorrer os feridos, sublinhando ao mesmo tempo que o castigo coletivo não pode ser aceito”, diz a nota.
“Tanto a Liga Árabe como a União Africana sublinham que a solução política baseada na visão de dois Estados continua a ser, em última análise, a única garantia da segurança e da paz para todos os povos e países da região”, completa.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.