Mais de dois milhões de pessoas estão correndo risco na Faixa de Gaza por conta do esgotamento de água, alertou neste sábado (14) a agência da ONU para refugiados da Palestina (UNRWA). Segundo o órgão, a região enfrenta escassez de água por conta do bloqueio de eletricidade imposto por Israel , que impede o funcionamento de estações de tratamento de água.
Desde a última segunda-feira (9), o abastecimento de água potável na Faixa de Gaza por Israel foi cortado, causando escassez a mais de 650 mil pessoas. Mais tarde, na quarta-feira (11), quando a eletricidade foi interrompida na região, três estações de dessalinização de água, que antes produziam 21 milhões de litros de água potável por dia, tiveram que interromper suas operações.
“É uma questão de vida ou morte. É uma obrigação: combustível precisa ser entregue agora em Gaza para disponibilizar água a dois milhões de pessoas”, afirmou em comunicado Philippe Lazzarini, Comissário-Geral da UNRWA.
Com o esgotamento da água potável, a agência afirma que os palestinos em Gaza estão sendo obrigados a utilizarem água suja vinda de poços, o que aumenta o risco de transmissão de doenças. Há uma semana, quando começou o cerco imposto por Israel, nenhuma ajuda humanitária é autorizada a entrar em Gaza, afirma a UNRWA.
“Precisamos transportar combustível para Gaza agora. O combustível é a única maneira de as pessoas terem água potável. Caso contrário, as pessoas começarão a morrer de desidratação grave, entre elas crianças pequenas, idosos e mulheres. A água é agora a última tábua de salvação restante. Apelo para que o cerco à assistência humanitária seja levantado agora”, acrescentou Lazzarini.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.