Ataques de Israel mataram 70 pessoas que tentavam deixar o norte da Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde palestino. A Força de Defesa de Israel (IDF) diz que investiga a situação, mas afirma que os “inimigos estão tentando impedir que os civis deixem o norte.”
Segundo a BBC News, havia um comboio de civis que tentavam deixar Gaza e foi atingido por um míssil. Eles cumpriam ordem dos militares israelenses, que deu um prazo de 24 horas para que a população palestina da região se descolasse para o sul .
O trajeto que o grupo fazia, da região central à Khan Younes (25km), levaria 30 minutos de carro em situações normais, no entanto, com os bombardeios de Israel, o percurso leva em média duas horas.
O prazo se encerrou às 18 horas (horário de Brasília) de sexta-feira (13), porém, após um apelo de organizações internacionais, Israel deu mais seis horas (até meia-noite no Brasil) para que a evacuação de hospitais fosse realizada.
Ainda, o grupo Hamas rejeitou a ordem de retirada da população. “Nosso povo palestino rejeita a ameaça dos líderes da ocupação (israelense) e seus apelos para que deixem suas casas e fujam para o sul ou para o Egito”, afirmou o grupo terrorista.
O número de mortos na guerra entre Israel e o grupo palestino armado Hamas já passa dos 3 mil até este sábado (14), oitavo dia de conflito. Ao todo, são 1.300 israelenses mortos, segundo o exército de Israel, e 1.900 palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Veja a íntegra do comunicado de Israel para evacuação da Cidade de Gaza
“As Forças de Defesa de Israel apelam que todos os cidadãos da Cidade de Gaza evacuem suas casas em direção ao sul, para sua própria segurança e proteção, e se mudem para a área sul de Wadi Gaza, como mostrado no mapa.
A organização terrorista Hamas travou uma guerra contra o Estado de Israel e a Cidade de Gaza é uma área onde operações militares acontecem. Essa evacuação é para a sua própria segurança.
Você poderá retornar para a Cidade de Gaza apenas quando outro pronunciamento permitir que isso seja feito. Não se aproxime da área da cerca de segurança com o Estado de Israel.
Os terroristas do Hamas estão escondidos na Cidade de Gaza, dentro de túneis que ficam abaixo de casas e dentro de prédios lotados de cidadãos inocentes de Gaza.
Cidadãos da Cidade de Gaza, evacue para o sul para a sua própria segurança e a segurança de seus familiares, e se distancie dos terroristas do Hamas, que estão te usando como um escudo humano.
Nos próximos dias, as Forças de Defesa de Israel continuarão com operações significativas na Cidade de Gaza, com esforços extensivos para evitar ferir civis.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.