A organização internacional Human Rights Watch (HRW) divulgou uma nota denunciando o uso de fósforo branco em ataques à Faixa de Gaza. A entidade informou ter analisado vídeos que mostram a substância química usada em explosões, causadas por tiros de artilharia disparados por Israel, na última quarta (11).
A organização não governamental disse ter confirmado o uso da substância por meio do depoimento de testemunhas. O fósforo branco, de acordo com a HRW, pode causar queimaduras graves e danos de longo prazo aos sobreviventes.
Conforme a ONG, a substância não é considerada uma arma química, já que não tem efeitos tóxicos e opera por chamas e calor, por isso ela não tem o uso proibido pelas convenções internacionais.
A organização pontuou, no entanto, que o uso em áreas com muitas pessoas, como Gaza, viola leis humanitárias internacionais, que requerem que “as partes envolvidas no conflito adotem todas as precauções possíveis para evitar ferimentos e perdas de vidas de civis”.
De acordo com a organização, o fósforo branco foi usado em áreas rurais do sul do Líbano na última terça (10). As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram à Agência Brasil , que “não usam esse tipo de arma”.
O suposto uso da substância por Israel já havia sido acusado pelo Ministério das Relações Exteriores da Palestina na terça.
Caso a informação seja confirmada por autoridades internacionais que estão acompanhando com preocupação o desenvolvimento do conflito, essa não seria a primeira vez que Israel usa fósforo branco contra Gaza.
Durante os confrontos que aconteceram entre israelitas e palestinos em 2008 e 2009, Israel confirmou ter usado a substância química contra Gaza, mas negou ter violado o direito internacional, afirmando que, na época, os alvos não foram regiões povoadas por civis.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.