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Política Nacional

Lula faz reunião com ministros para discutir chuvas em SC e seca no AM

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordenou nesta quinta-feira (12), por videoconferência, uma reunião com ministros para discutir a situação das chuvas intensas que atingem Santa Catarina, na Região Sul, e da forte seca e incêndios florestais que castigam o Amazonas, na Região Norte.  

“Assim como fizemos com o Rio Grande do Sul, temos dedicado atenção especial a esses estados, com a presença de técnicos, secretários, ministros, repasses de recursos e muito diálogo. Determinei aos ministros que todas as equipes estejam mobilizadas e à disposição dos governos estaduais e das prefeituras. O Governo Federal está atento, presente e atuando para atender a população e remediar os danos causados pelos extremos climáticos”, publicou Lula em uma postagem na rede social X (antigo Twitter).

Nas duas últimas semanas, Lula vem despachando do Palácio da Alvorada,residência oficial, onde se recupera de uma cirurgia para reconstrução da articulação do quadril. Diariamente, nos últimos dias, o presidente tem mantido uma agenda remota de trabalho, que inclui reuniões virtuais com auxiliares e telefonemas com autoridades.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, as chuvas dos últimos dias deixaram um rastro de alagamentos, deslizamentos e outras ocorrências. Até esta quarta-feira (11), pelo menos 135 municípios já haviam decretado situação de emergência no estado.

Uma força-tarefa do governo federal desembarcou em Navegantes, no litoral catarinense, para acelerar o apoio a municípios atingidos.  A comitiva, liderada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, sobrevoou as cidades mais afetadas pelos temporais, no Vale do Itajaí, entre elas, Rio do Sul e Taió. Depois, por terra, percorreu algumas localidades de Blumenau, onde seus integrantes se reuniram com o governador catarinense, Jorginho Mello, prefeitos, parlamentares e a comunidade.

Amazonas

Já na Região Norte, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta quinta-feira o envio de mais efetivo da Força Nacional para reforçar as equipes que já estão atuando no combate aos incêndios florestais. 

A seca e o ar poluído pela fumaça fez a Fiocruz Amazônia recomendar o uso de máscaras. Em alguns bairros de Manaus, a qualidade do ar é considerada “péssima”. E a quantidade de poluentes nesta quinta-feira (12) está cinco vezes maior do que já é considerado “muito ruim” pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Os dados são do monitoramento feito pela Universidade do Estado do Amazonas. De acordo com a prefeitura de Manaus, a fumaça tem origem nos municípios da Região Metropolitana.

No interior do Amazonas, a situação da seca continua preocupante, especialmente no sul do estado. Sessenta cidades estão em alerta ou emergência por causa da estiagem. Apenas duas, em situação de normalidade. Quase 400 mil famílias foram afetadas.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as quatro cidades brasileiras com maior quantidade de focos de incêndio no último mês ficam todas na região amazonense entre Manaus e Rondônia.

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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