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MATO GROSSO

Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de investigador aposentado e indicia autor por latrocínio

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A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu nesta sexta-feira (03.03) o inquérito que apurou a morte do policial civil aposentado Derli José Alves, de 56 anos, e indiciou o genro da vítima pelo crime de roubo seguido de morte (latrocínio) e por tentativa de homicídio qualificado, contra a mulher do policial, e ocultação de cadáver.

O autor do crime, H.L.S., de 25 anos, foi preso em flagrante depois de se apresentar na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá dois dias após o desaparecimento do policial. Ele indicou o local onde havia deixado o corpo da vítima. As equipes da DHPP realizaram buscas na região do Distrito do Sucuri e o localizaram próximo ao rodoanel em Cuiabá.

As armas usadas nos crimes, um revólver calibre 38, e uma pistola, foram apreendidas e encaminhadas para perícia. A pistola, que pertencia ao investigador aposentado e foi usada para matá-lo, tinha sido furtada meses antes do assassinato pelo genro do policial. Já o revólver, que também era do policial, foi usado na tentativa de homicídio contra a companheira de Derli.

O indiciado confessou que teve o auxílio de outra pessoa na ação criminosa, que já foi identificada pela DHPP.

Desaparecimento

Derli José se aposentou da Polícia Civil de Mato Grosso em junho de 2010. A última lotação dele foi na antiga Delegacia do Carumbé, no bairro Planalto.

Ele desapareceu noite de terça-feira (21.02), da propriedade onde morava, no Parque Itaguaí, localizado na MT-251, na Capital.

A Polícia Civil foi acionada, inicialmente, para atendimento a uma ocorrência envolvendo o furto de uma caminhonete Hilux, que pertencia ao policial. Um irmão da vítima informou à equipe da DHPP que foi avisado de que a cunhada dele tinha sido atingida por disparos de arma de fogo na chácara, socorrida e encaminhada ao hospital municipal.

Antes de ser socorrida, a mulher do investigador aposentado conseguiu enviar áudios a familiares contando que na terça-feira ela foi até um barracão da propriedade e viu o genro do policial lavando as mãos sujas de sangue. Quando perguntou sobre o que estava acontecendo, o homem fez disparos contra a mulher, a atingirando na cabeça, e ela desmaiou. Quando ela recobrou a consciência, o suspeito havia fugido da chácara levando a caminhonete e pertences do policial.

Crimes

H.L.S. declarou ao delegado Caio Fernando Albuquerque que foi ao sítio do sogro junto com um comparsa para ‘brigar’ com Derli devido a problemas anteriores e levou a pistola. Ele alegou que a arma pertencia à vítima, porém, teria sido extraviada meses atrás, em um acidente de carro. Na ocasião, o indiciado foi ao local do acidente e se apropriou do armamento.

Quando o criminoso chegou ao sítio, começou a discutir com a vítima, que teria sacado o revólver contra o genro. Nesse momento, o comparsa de H.L.S. teria feito disparos contra a vítima usando a pistola.

O genro do policial alegou ainda que, após os disparos, ficou no sítio e o comparsa foi embora. Em seguida, a esposa de Derli foi até o barracão e acabou sendo atingida pelo indiciado. Na sequência, ele pôs o corpo do investigador na carroceria da caminhonete e seguiu sentido ao rodoanel para ocultar o corpo. Depois, ele disse ter abandonado a caminhonete no bairro Osmar Cabral, em Cuiabá.

Investigação

Conforme as informações passadas pelo indiciado, a equipe da DHPP fez diligências em um conjunto de quitinetes no bairro Parque Cuiabá, a fim de localizar o comparsa dele. No local, os policiais obtiveram informações de que o imóvel era, na verdade, ocupado pelos dois investigados, o genro do policial e o comparsa.

O delegado responsável pela investigação aponta que os elementos reunidos no inquérito comprovam que houve o crime de latrocínio, uma vez que, após a execução da vítima e ocultação do corpo, a caminhonete foi deixada em um local de fácil localização e foi ‘esfriada’, a fim de ser vendida posteriormente.

“Não podemos esquecer do intuito prévio do indiciado de se apoderar de valores da vítima, como o fez pelo empréstimo de praticamente a totalidade do valor pago pelo veículo Jetta, que foi usado por ele para se deslocar até a chácara de Derli”, apontou Caio Fernando.

Em relação à tentativa de homicídio contra a companheira do policial, o delegado destaca que o indiciado usou de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que foi surpreendida pelos disparos na cabeça. “Esse crime foi cometido para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade do latrocínio pouco antes praticado”, explicou.

Ouvida nesta semana pela equipe da DHPP, no hospital em Cuiabá, onde ainda se recupera da cirurgia a que foi submetida, a companheira de Derli José declarou ao delegado Caio Albuquerque que no dia do crime ouviu um barulho no barracão da chácara. Ao sair para ver o que ocorria, ela viu o genro do policial, com uma camiseta tampando o rosto, e observou a arma na cintura dele.

Ela disse que reconheceu o revólver de Derli e ao perguntar o que estava acontecendo, o indiciado sacou a arma, apontou para sua testa e disparou contra a vítima. “Ele não respondeu nada, somente apontou a arma e disparou no seu rosto, quando caí no chão quase desmaiando e avistei ele entrando na caminhonete e saindo’, declarou a vítima, acrescentando que após acordar, ainda tonta, conseguiu ir se arrastando até a casa da chácara e pedir ajuda , e chegando lá pediu ajuda a seu filho que estava na residência e acionar o socorro da família.

Fonte: GOV MT

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MATO GROSSO

“Mato Grosso tem atuação significativa na atenção de egressos do sistema penitenciário”, afirma representante do Governo Federal

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“O Estado de Mato Grosso tem feito, em especial nos últimos anos, uma atuação expressiva e significativa na atenção às pessoas egressas do sistema prisional, como a implantação dos Escritórios Sociais, qualificação e composição de equipes”, afirmou a diretora de Cidadania e Políticas Alternativas do Governo Federal, Mayesse Silva Parizi durante o Encontro Nacional da Política Nacional de Atenção à Pessoa Egressa do Sistema Prisional (PNAPE), realizado nesta quinta-feira(07.11), em Cuiabá,

De acordo com Parizi, a escolha de Cuiabá para sediar esse evento foi estratégica, dada a relevância das ações desenvolvidas como parte do Sistema Prisional pelo Governo de Mato Grosso, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Conforme balanço apresentado pela Fundação Nova Chance (Funac), órgão responsável pela assistência e reinserção social de pessoas em privação de liberdade e deixando a prisão, somente em 2024, até o mês de outubro, o Governo intermediou a contratação de cerca de cinco mil pessoas privadas de liberdade e egressos.

Atualmente, existem 266 contratos ativos com cerca de 250 órgãos públicos e empresas privadas mato-grossenses que empregam mão de obra de trabalhadores privados de liberdade e egressos do sistema prisional.

Durante o encontro, o secretário adjunto de Segurança Pública, Coronel PM, Héverton Mourett de Oliveira, lembrou que os resultados alcançados pela atual gestão só foram possíveis a partir da união dos esforços do Poder Executivo com o Judiciário, Ministério Público, Defensoria, prefeituras e outras instituições públicas e privadas.

“Essa melhoria ocorreu porque foi possível compartilhar os desafios e somar esforços com outros órgãos para que pudéssemos enfrentar a questão da reinserção social”, destaca Mourett.

De acordo com o coronel Mourett, para que isso possa acontecer as instituições e os poderes trabalham para criar normativas e novas estruturas que permitem atender melhor aqueles que estão em iminência de deixar a prisão e os que já estão em liberdade e necessitam do suporte do poder público e da sociedade para voltar ao mercado de trabalho e assegurar renda para si e suas famílias.

O secretário adjunto da Administração Penitenciária, Jean Gonçalves, citou os avanços para abertura de mais vagas e modernização das unidades prisionais do Estado, onde começa o processo de ressocialização das pessoas privadas de liberdade.

Conforme dados da Sesp, entre 2029 e 2023, o Governo de Mato Grosso investiu R$ 300 milhões em obras e reforma das unidades prisionais. Como resultado desses investimentos, o levantamento anual do Governo Federal, este ano apresentado em outubro, Mato Grosso possui 12.988 vagas para 12.856 presos em 41 unidades prisionais. O superávit é de 132 vagas.
“Houve investimento massivo na construção de vagas em um primeiro momento, para que posteriormente pudéssemos oferecer oportunidade de trabalho, educação, curso profissionalizante”, pontuou.

“Muitos estados fecham as portas para os órgãos fiscalizadores. Aqui fizemos diferentes, nós abrimos as portas para que seja possível buscar solução para os problemas encontrados. Essa é a nossa metodologia em Mato Grosso, nós temos um trabalho coeso entre os poderes, cada um dentro da sua atribuição”, acrescentou Jean Gonçalves.

Nova Chance

Durante o encontro, o presidente da Fundação Nova Chance, Winkler Freitas, instituição responsável pelo atendimento a pessoas egressas e sua família, detalhou a atuação da instituição e fez um balanço dos números alcançados desde o início do ano.

Freitas explicou que em 2020, a partir da união dos Poderes Executivo, Judiciário e outras instituições públicas foram instituídos os Escritórios Sociais, que funcionam como um braço da Funac no atendimento e intermediação da mão de obra de egressos e pré-egressos do Sistema Penitenciário com empresas privadas e órgão públicos.

Desde então, são 10 escritórios funcionando em Cuiabá em cidades como Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças, Sorriso, Tangará da Serra e Lucas do Rio Verde.

Encontro Regional

Além de Mato Grosso, o evento reuniu autoridades dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e de Brasília, que discutiram temas como: a Implementação da PNAPE, Espaço de reintegração social da pessoa egressa e seus familiares; Metodologia de Gestão dos Serviços Especializados e inserção entre gênero e raça, Políticas Públicas para trabalho e inclusão produtiva da pessoa egressa e seus familiares.

Fonte: Governo MT – MT

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