A voz de Deif foi a que tomou conta de Gaza no sábado, quando ele anunciou o ataque. “Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação da Terra”, disse ele.
Embora sua voz tenha ecoado por todos os cantos da região palestina, Deif é uma figura misteriosa e não mostra seu rosto. Sua última foto pública tem mais de 20 anos.
De acordo com relatos da mídia local, Deif já teria perdido um olho e uma parte do braço durante tentativas de assassinato por parte de israelenses. Há quem diga, ainda, que ele usa uma cadeira de rodas atualmente.
Em 2005, um homem que afirmava ser Deif apareceu em um vídeo na internet. “Dizemos aos sionistas que mancharam o nosso solo, dizemos-vos que toda a Palestina se tornará um inferno”, disse ele na gravação.
Deif assumiu a liderança do grupo depois que seu mentor, Yehya Ayyash, foi morto. Ayyash era conhecido como “o engenheiro”, e era o homem por trás da fabricação de bombas pelo Hamas.
Ayyash morreu em Gaza em janeiro de 1996, quando atendeu uma ligação depois de terem colocado uma bomba em seu celular. O aparelho explodiu, causando sua morte.
Deif, então, foi se tornando cada vez mais importante para o Hamas – e cada vez mais procurado pelo exército israelense.
O líder é acusado de ser o mentor de uma série de atentados à bomba em 1996 que mataram dezenas de israelenses, além de ser acusado de capturar e matar vários soldados de Israel na década de 1990.
Família morta
Enquanto caça Deif, o exército israelense já matou diversos membros de sua família ao longo dos anos.
Em 2014, um ataque aéreo de Israel matou a esposa de Deif e seu filho de sete meses.
Na ocasião, o ministro do Interior de Israel à época, Gideon Saar, disse que Deif era um “alvo legítimo”. “Mohammed Deif merece morrer tal como [Osama] bin Laden. Ele é um arquiassassino e, enquanto tivermos oportunidade, tentaremos matá-lo”.
Nesta terça-feira (10), mais membros da família de Deif morreram . Segundo o Hamas, seu pai, seu irmão e pelo menos dois outros familiares foram mortos por um ataque israelense.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.