O número de mortos no conflito entre Israel e Hamas ultrapassou 1.100 conforme a guerra entra no seu terceiro dia nesta segunda-feira (9). Segundo a agência Associated Press, são 700 mortos em território israelense e 400 na Faixa de Gaza. Além destes, cerca de 4.500 ficaram feridos no conflito .
O número de mortos deve aumentar nos próximos dias, não só pela alta probabilidade de escalada do conflito e promessas de ataque massivo de Israel, mas também por conta das buscas por mais corpos.
Na noite de domingo, mais de 123 mil pessoas em Gaza estavam desalojadas devido ao medo e às preocupações com a destruição das suas casas, segundo as Nações Unidas.
Na festa rave em que mais de 260 corpos foram encontrados , espera-se que ainda que esse número aumente, disse o serviço de resgate Zaka, grupo de voluntários realizando procuras no local. Segundo a AP, não ficou claro quantos desses corpos já estavam incluídos no número total de vítimas de Israel.
No sábado, o Hamas bombardeou cidades próximas à Gaza com mais de cinco mil foguetes, levando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a declarar formalmente guerra e dar luz verde para “medidas militares significativas” para retaliar o Hamas pelo ataque surpresa.
Na madrugada de ontem e na manhã de hoje, as forças armadas de Israel avançavam por terra contra militantes próximos à fronteira, enquanto aeronaves bombardeavam pontos estratégicos em Gaza.
Israel afirma ter atingido mais de 800 alvos em Gaza até o momento, incluindo ataques aéreos que arrasaram grande parte da cidade de Beit Hanoun, no canto nordeste do enclave.
Um almirante israelense chamado Daniel Hagari disse aos repórteres locais que o Hamas estava usando a cidade como palco para ataques. Não houve notícias imediatas sobre vítimas, e a maior parte da população da comunidade, de dezenas de milhares, provavelmente fugiu antes.
“Continuaremos a atacar desta forma, com esta força, continuamente, em todos os (locais) e rotas de reunião” utilizadas pelo Hamas, disse Hagari.
O Hamas, por sua vez, afirma que mantém mais de 130 israelenses como reféns, dizendo que seriam negociadas pela libertação de milhares de palestinianos presos por Israel. Sabe-se que os cativos incluem soldados e civis, incluindo mulheres, crianças e idosos.
“A nossa missão nestas 24 horas é evacuar todos os residentes que vivem em redor de Gaza”, disse Daniel Hagari aos jornalistas, acrescentando que os combates continuam para “resgatar os reféns” que os islamistas capturaram em território israelita. “Há dezenas de milhares de soldados na área” e “mataremos todos os terroristas em Israel”, acrescentou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.