A Autoridade Palestina solicitou neste domingo (8) uma reunião da Liga Árabe, em meio a ameaça de guerra entre Hamas e Israel , após os ataques mútuos deste sábado (7), que deixaram ao menos 482 mortos, 250 de Israel, e 232, da Palestina.
Segundo a WAFA, a agência de notícias palestina, um memorando foi enviado aos ministros de relações exteriores de cada nação que compõe o bloco.
Segundo o embaixador da Liga Árabe, Muhannad Al-Aklouk, o pedido foi feito “à luz da agressão brutal e contínua de Israel contra o povo palestino”.
A Liga dos Estados Árabes ou Liga Árabe é uma organização intergovernamental de 22 países na África e na Ásia Ocidental.
Fundado em 1975, os estados membros fundadores foram Egito, Síria, Líbano, Iraque, Transjordânia (atual Jordânia), Arábia Saudita (Arábia Saudita) e Iêmen. Outros membros são:
1953: Líbia
1956: Sudão
1958: Tunísia e Marrocos
1961: Kuwait
1962: Argélia
1971: Bahrein, Omã, Catar e Emirados Árabes Unidos.
1973: Mauritânia
1974: Somália
1976: Palestina (representada pela Organização de Libertação da Palestina)
1977: Djibuti
1993: Comores
Em janeiro de 2003, a Eritreia ingressou na Liga Árabe como observadora.
O objetivo da reunião da Liga Árabe é discutir formas de mobilização política para travar a atual “agressão israelense” à Faixa de Gaza, fornecer proteção internacional aos palestinos. Segundo a WAFA, os ministros devem debater formas de alcançar a paz na região “com base no direito internacional”.
O que aconteceu
O Hamas, movimento islamista palestino, anunciou que bombardeou Israel neste sábado com mais de cinco mil foguetes, no que chamou de operação “Dilúvio de Al-Aqsa”. O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou guerra ao grupo após o ataque.
“Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu”, diz Netanyahu em uma mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.
“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação (de Israel), o seu tempo de violência sem responsabilização acabou”, declarou o Hamas. “Anunciamos a Operação Al-Aqsa Deluge e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes.”
“O Hamas cometeu um erro grave esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel”, disse o ministro da Defesa Yoav Gallant num comunicado, acrescentando que as tropas israelitas “estão a lutar contra o inimigo”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.