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MATO GROSSO

Representantes do setor de cargas discutem segurança e qualificação do setor

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A criação de Escola de Formação de Motorista em Parceria com o Governo do Estado, a construção do rodoanel na área metropolitana e a situação do roubo de cargas em Mato Grosso foram temas centrais de reunião dos representantes do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no estado de Mato Grosso (Sindmat) com o governador Pedro Taques e os secretários Marcelo Duarte, de Infraestrutura e Seneri Paludo, de Desenvolvimento Econômico e Regional. A reunião aconteceu nesta segunda-feira (30.11), no Palácio Paiaguás.

Uma das maiores preocupações do setor de transportes de cargas é a segurança nas estradas, já que em 2014 foram registrados 199 roubos de cargas no estado, segundo o assessor de Segurança do Sindmat, Leovaldo Salles. Um dos problemas apontados é a questão da jurisdição das delegacias. Salles explica que a agilidade na solução dos crimes é dificultada pelo fato do roubo ser investigado apenas no município em que ocorreu.

Com a criação pelo Governo do Estado de um departamento que vai centralizar as informações e cuidar especificamente de roubo e furto de cargas, dentro da delegacia especializada da área, a expectativa do setor é que tenha uma redução considerável nesse tipo de crime.

Logística

Outra preocupação do setor, o Rodoanel, é considerada uma obra essencial por tirar o fluxo pesado de Cuiabá. O secretário de Infraestrutura, Marcelo Duarte, explica que esta obra começará na chegada de Cuiabá pela BR-163, no sentido norte do estado, passa pelo distrito de Passagem da Conceição e chega até o Sinuelo, num trajeto de 52 km. O projeto da obra será licitado ainda este ano, afirma o secretário, e após um prazo estimado de 4 a 6 meses para elaboração do projeto executivo será feita a licitação da obra.

Um bom projeto é essencial para o sucesso da obra, por isso precisa ser feito com muito cuidado, com empresa de primeiro nível e este foi o motivo da anulação do processo licitatório feito ano passado, por não ter seguindo as normas, explica Marcelo Duarte. “Nós temos R$100 milhões em caixa para esta obra. O custo total da obra é de R$350 milhões, mas com o que temos é possível fazer esses 52 km em pista simples e posteriormente, buscaremos recursos para a finalização e duplicação”.

A regularização do Conselho Estadual de Transporte, responsável pela regulamentação de políticas públicas do setor, foi outro tema abordado. “O setor de transporte é amplo e estratégico e é importante o aumento de participação neste conselho. A reestruturação já é prevista em lei mas passa por normas e decretos que precisam ser editados. É uma estratégia importante para ouvir a sociedade e quem está usando nosso sistema de transporte para que possamos aperfeiçoá-lo”.

O governador demonstrou interesse em firmar uma parceria no projeto apresentado pelo presidente da Sindmat, Eleus Vieira de Amorim, sobre a escola de formação de motoristas. O curso de qualificação e reciclagem ajudará no treinamento de motoristas com temas como direção, mecânica, além de palestras instrutivas sobre o uso de drogas e bebidas. “O cavalo mecânico é um equipamento extremamente sofisticado e quem dirige uma carreta tem um patrimônio de 800 mil em média. Conduzir uma carreta não é igual dirigir um carro. Este tipo de veículo tem 90 toneladas e é essencial o conhecimento para preservar a vida do motorista e da sociedade que está na estrada, já que um acidente pode causar uma tragédia muito grande”.

A preocupação do setor de transporte com a paralisação do Detran foi discutida, já que a situação tem preocupado empresários que precisam documentar os veículos. O presidente da Sindmat falou ainda sobre as melhorias e obras que estão sendo realizadas nas estradas estaduais e considerou que a reunião com o governador e secretários foi produtiva pela possibilidade de discutirem assuntos importantes para o setor de transporte, essencial para a economia produtiva do pais.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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