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MATO GROSSO

Técnicos vão a Rondônia para conhecer projetos de piscicultura e cafeicultura

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Uma comitiva do Estado de Mato Grosso está em Rondônia para conhecer projetos de cafeicultura e piscicultura. O grupo é formado por servidores da Secretaria de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf) e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer).

Os técnicos, acompanhados pela Empresa de Assistência Técnica de Rondônia (Emater-RO), pesquisaram o arranjo produtivo do pirarucu da Amazônia e conheceram unidades demonstrativas de produção integrada entre piscicultura e fruticultura. A comitiva também foi recebida pela diretoria da Embrapa Porto Velho, que é especializada em cafeicultura, para apresentar o programa Pró Café MT.

“Esta visita é estratégica, porque Rondônia tem uma notável organização nas produções da agricultura familiar. Além disso, já existe um intercâmbio de informações sobre o projeto Pró Café MT”, comentou o secretário de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Suelme Fernandes.

Jander Plaça, que é gerente de Aquicultura e Pesca da Secretaria de Agricultura de Rondônia (Seagri), comentou que 70% dos piscicultores do Estado são agricultores familiares. A cadeia produtiva do pirarucu se mostrou viável a partir da adoção do Sistema Integrado de Criação, em que os dejetos do peixe servem como adubo para o açaí, a pimenta, o abacaxi, a melancia e o cacau. Outras frutas, hortaliças e olerícolas também podem se beneficiar desse adubo.

O piscicultor e reassentado Domingos Mendes, de 59 anos, possui cinco tanques e comentou que a participação do Estado é essencial para o crescimento. “Ninguém é bom sozinho, então o projeto de utilizar a água dos tanques do pirarucu para irrigar a produção de açaí só acontece com a orientação técnica da Emater-RO, e a participação da família”.

Segundo a Secretaria de Agricultura de Rondônia, 85% de tudo que é produzido no campo vem da agricultura familiar. Os técnicos da Seaf e Empaer permanecem até sábado de manhã (05) em Rondônia. Eles ainda irão percorrer cooperativas do município de Ariquemes que é referência com unidades de observação e reprodução dos peixes.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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