Enquanto Câmara dos Deputados discute veto casamento gay no Brasil, o Papa Francisco fala sobre possiblidade da Igreja abençãr uniões homoafetivas . O pontífice respondeu ao questionamento de cardeais da Ásia, Europa, África, Estados Unidos e América Latina, em Dubia.
Os cardeais enviaram cinco dubia (plural de “dúvida” em latim) públicas pedindo esclarecimentos ao líder da Igreja Católica. Um dos questionamentos era sobre bênção de uniões entre pessoas do mesmo gênero. O Papa afirmou que a Igreja precisa ser paciente e compreensiva.
“Todavia, em nosso relacionamento com as pessoas, não devemos perder a caridade pastoral, que deve permear todas as nossas decisões e atitudes. A defesa da verdade objetiva não é a única expressão dessa caridade, que também é composta de gentileza, paciência, compreensão, ternura e encorajamento. Portanto, não podemos ser juízes que apenas negam, rejeitam, excluem” disse o líder do Vaticano.
Francisco deixou a resposta em aberto, reiterando que a questão deve ser avaliada caso a caso, mas não pode ser comparada com o matrimônio de casais heterossexuais. Na declaração, o Papa disse que “pedidos de bênção são a forma de as pessoas se aproximarem de Deus e viver vidas melhores, mesmo que alguns atos sejam objetivamente moralmente inaceitáveis”.
Apesar da resposta não ser direta, segundo Francis DeBernardo, diretor executivo do New Ways Ministry, a resposta simboliza em aceno positivo.
“A igreja reconhece de fato que o amor sagrado pode existir entre casais do mesmo sexo, e que o amor dessas pessoas espelha o de Deus”, afirmou o ativista pelos direitos de homossexuais na Igreja e na sociedade. Desde 1992 DeBernardo atua em programas de aproximação da comunidade LGBTQIA+ com o catolicismo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.