No último domingo (01), uma médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, foi algemada dentro da unidade hospitalar. “Fui algemada e me colocaram no camburão. Me tiraram de dentro da UTI e os pacientes ficaram sozinhos”, disse a profissional, em depoimento.
Os policiais envolvidos relataram que a médica teria se recusado a fornecer informações sobre o estado de saúde de um policial aposentado internado na unidade. Segundo testemunhas, a profissional explicou que estava fora do horário de visitas. Ela ainda alegou que de acordo com o protocolo do hospital, somente familiares poderiam tem acesso ao boletim médico do paciente.
O que dizem os envolvidos
Ambas as partes contam versões diferentes sobre o caso. Os policiais afirmam que houve desacato porque a médica arremessou um documento no rosto de um tenente da PM. O agente solicitou avalição Instituto Médico Legal para comprovar que a profissional causou uma lesão no braço dele. A Secretaria da Saúde manifestou que o Hospital Ipiranga apoio à médica. A Secretaria da Segurança Pública divulgou nota informando que a Polícia Militar investigará o comportamento dos policiais envolvidos.
“A Secretaria da Segurança Pública repudia veementemente o ocorrido no Hospital Ipiranga e ressalta que já iniciou a rigorosa apuração de todas as denúncias relacionadas à conduta dos policiais militares envolvidos na ação. Os fatos narrados não são compatíveis com o treinamento e os valores da instituição”, diz o comunicado.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.