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MATO GROSSO

Intérprete de libras facilita comunicação e promove inclusão em aulas de robótica educacional

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A Escola Estadual 9 de Julho, localizada em Água Boa (distante 744 km de Cuiabá), tem se destacado por sua abordagem inclusiva e inovadora no ensino. Com uma sala destinada a atender estudantes com diferentes tipos de deficiência, a unidade tem investido na integração de todos os estudantes, promovendo a inclusão e a troca de experiências.

Uma das iniciativas que têm se mostrado bastante eficazes é a presença de uma intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) nas aulas de robótica educacional. Além de proporcionar a oportunidade de aprender sobre tecnologia e programação, as aulas têm sido um meio facilitador para a comunicação entre os estudantes surdos, o professor e a coordenadora do programa de Robótica Educacional.

Conforme o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, a presença da intérprete durante as aulas tem possibilitado uma interação mais fluida e eficiente entre os estudantes surdos e os demais participantes.

“A intérprete traduz as informações e explicações fornecidas pelos professores e a coordenação, permitindo que todos compreendam e participem ativamente das atividades. Além disso, a troca de experiências entre os estudantes, independentemente de suas habilidades e limitações, tem enriquecido o ambiente de aprendizagem e fortalecido os laços de amizade e respeito mútuo”, ressaltou.

O secretário ainda pondera que a iniciativa tem proporcionado mais inclusão digital, permitindo que os estudantes surdos tenham acesso a conhecimentos e habilidades tecnológicas.

Sala de recursos

Equipada com recursos tecnológicos e adaptada para atender às necessidades dos estudantes com deficiência, a sala de recursos proporciona um ambiente inclusivo e acolhedor, onde todos os estudantes se sentem valorizados e respeitados.

Para o secretário Alan Porto, a implementação das aulas de robótica educacional e a presença do intérprete de Libras são exemplos de como a escola tem buscado promover a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos os alunos. “Essas iniciativas têm demonstrado resultados positivos não apenas no aprendizado dos estudantes, mas também no desenvolvimento de suas habilidades sociais e emocionais”, afirmou.

O estudante do 6º ano, Otávio Souza Coelho, de 11 anos, é um dos alunos que colocam em prática o que aprende nas aulas graças ao apoio da professora Suelene Pereira de Carvalho, intérprete de Libras, e da orientadora educacional do programa SimRobótica, Isabella Debastiani. A aula ainda tem o acompanhamento das professoras Vanessa Scherer e Siméria Cristina.

“Conhecer a língua de sinais é uma maneira de respeitar a forma como as outras pessoas se comunicam, e de dar espaço para que elas possam também se integrem à sociedade”, pontuou a orientadora. “A sala possui diversos materiais para a aprendizagem e alfabetização, a qual realizamos individualmente, e, desta forma, cada estudante recebe a apostila, a caixa Spike com os kits, além do tablet para o uso durante a aula”, acrescentou.

As aulas do SimRobótica, na Rede Estadual de Ensino, são alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e estimulam o pensamento computacional e o aprimoramento de habilidades e competências importantes para desenvolvimento humano e tecnológico.

Na avaliação da professora Suelene Pereira de Carvalho, essas características têm sido muito produtivas para os estudantes. “Os conteúdos são flexíveis e desenvolvidos de acordo com as necessidades de cada um. No caso do Otávio, ele tem a mim como intérprete de Libras para intermediar a comunicação dele com a professora, por exemplo”, observou.

Investimento

O Governo de Mato Grosso investiu mais de R$ 60 milhões para ampliar o uso da robótica educacional nas escolas da rede estadual no ano letivo de 2023. Os recursos foram utilizados na compra de kits Robótica Lego Sim Inova, além de kits dos Projetos ETC – Educação, tecnologia e construção (Microkids) e dos produtos e serviços da Robótica Educacional Sustentável – FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). O público-alvo são estudantes do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio (1º ao 3º ano).

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Mato Grosso ocupa 4º lugar na promoção da educação étnico-racial nas escolas, segundo MEC

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Mato Grosso é, mais uma vez, destaque nacional na educação pública. O Estado ocupa o 4º lugar no ranking de Promoção da Equidade Racial na Educação com uma média de 65,9 pontos, muito acima da média brasileira de 48 pontos. Os dados foram divulgados no início desta semana, pelo Ministério da Educação (MEC), como parte da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq).

Na frente de Mato Grosso, aparecem os Estados de Rondônia (66.5 pontos), Distrito Federal (66,9) e Ceará (66,1).

Para a elaboração do ranking, o MEC formulou o índice Erer (Educação para as relações étnico-raciais), que avalia ações implementadas para a formação de professores, gestão escolar, material didático e financiamento para a educação étnico-racial das escolas das redes estaduais e municipais de ensino do país.

É a primeira vez em que um instrumento de análise dessas políticas educacionais é elaborado desde a criação da Lei nº 10.639/2003 (mais tarde alterada pela Lei nº 11.645/2008), que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.¿

Segundo o diagnóstico, 16 das 27 redes estaduais de ensino (59,3%) disseram levar em consideração o efeito do racismo no desempenho dos alunos ou formular políticas para combater as desigualdades na aprendizagem. Já entre os municípios, 58,6% disseram levar isso em conta.

Para o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, o resultado reflete as ações que valorizam a diversidade e combatem a discriminação como parte do Programa EducAção 10 Anos e da Política Antirracista desenvolvida em todas as 648 escolas da Rede Estadual, que incluem 05 unidades quilombolas e 70 indígenas.

“Fazemos uma abordagem da temática étnico-racial de forma transversal e contínua no currículo escolar ao longo de todo o ano letivo nas unidades escolares do estado”, disse.

Ações da Seduc

Em Mato Grosso, as ações de educação étnico-racial estão alinhadas à Política Antirracista e foram incorporadas aos Projetos Político-Pedagógicos (PPPs) das escolas. Como apoio pedagógico, estão disponíveis em formato online o Caderno Pedagógico, as eletivas Ciências e Saberes Quilombolas Educação Escolar Quilombola e o Caderno Pedagógico: Educação Escolar Quilombola para os anos finais do Ensino Fundamental e todo o Ensino Médio.

Em 2024, a Seduc ofertou 340 horas em 15 cursos de formação a profissionais atuantes em todas as funções, sendo 03 deles em que a temática central foi equidade. Nos demais, o tema foi trabalhado de maneira indireta com focos similares ou complementares, atendendo mais de 25 mil servidores, o que representa 70% da rede.

Alan Porto destacou também que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vai lançar, na primeira semana de dezembro, a cartilha “Mato Grosso: Por uma Educação Antirracista”. O material será disponibilizado em formato online e marcará um momento estratégico para desassociar o tratamento dessa temática exclusivamente ao mês de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.

Outra ação nesse sentido, que está em andamento, é o curso de Formação para Docência e Gestão para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Quilombolas, através do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso e o MEC. Serão ofertadas 3.750 vagas gratuitas. As inscrições encerram-se no dia 15 de dezembro de 2024, e a aula inaugural será realizada no dia 05 de dezembro, com transmissão pelo YouTube.

Para o ano de 2025, a Seduc também planejou um cronograma de ações com encontros presenciais e virtuais para reforçar a importância de integrar essas temáticas às práticas pedagógicas de maneira contínua e efetiva.

“Com isso, a rede estadual de ensino reafirma o compromisso com uma educação mais inclusiva, plural e consciente, promovendo o letramento racial e valorizando as contribuições históricas e culturais dos povos afro-brasileiros, africanos e indígenas, conforme determina a legislação vigente. Uma realidade que começa na matrícula com a declaração de raça dos estudantes, garantindo informações completas e atualizadas”, conclui Alan Porto.

Fonte: Governo MT – MT

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