O russo ainda foi questionado por uma jornalista em que momento os EUA se envolveram diretamente na guerra e se não estão no “conflito por procuração”.
“Você pode chamar isso do que quiser, mas eles estão diretamente em guerra conosco. Podemos chamar isto de guerra híbrida, mas isso não muda a realidade”, respondeu ele. “Eles estão efetivamente envolvidos em hostilidades conosco, usando os ucranianos como forragem.”
De acordo com ele, os EUA, o Reino Unido e muitos outros países estão “travando guerra” contra Moscou e envolvidos em hostilidades contra a Rússia.
Aliados de Kiev e organizações internacionais, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), no entanto, refutam essa descrição, dizendo que estão apenas oferecendo ajuda à Ucrânia em decorrência da guerra iniciada pelos russos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.