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MATO GROSSO

Encontro do Sistema de Justiça Criminal reúne autoridades em prol da efetividade na jurisdição penal

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Na manhã desta quinta-feira (21 de setembro), autoridades nacionais e regionais deram início à programação do “V Encontro do Sistema de Justiça Criminal de Mato Grosso”, em Chapada dos Guimarães, a fim de propor reflexões e discutir maneiras de melhorar a efetividade na jurisdição penal em nosso país.
 
A abertura do evento foi feita pela diretora-geral da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, que na ocasião representou todas as demais Escolas parceiras na realização do encontro; pelo representante do Ministério Público estadual, procurador Marcelo Ferra de Carvalho; pela presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso, Gisela Cardoso; pela vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Maria Erotides Kneip, na oportunidade representando a desembargadora Clarice Claudino Silva (presidente do TJMT); e pelo governador Mauro Mendes.
 
“É uma honra para mim, neste ato, representar todas as Escolas parceiras para a concretização deste evento: Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso Desembargador João Antônio Neto, Fundação Escola Superior do Ministério Público, Escola dos Magistrados de Mato Grosso, Centro de Educação e Aperfeiçoamento Funcional – Escola do Ministério Público. Essa união entre as escolas permite a melhoria no peticionamento e na entrega da prestação jurisdicional a quem mais importa: o povo”, salientou a diretora da Esmagis-MT.
 
Segundo a desembargadora Helena Ramos, é preciso intensificar os diálogos sobre como promover mais efetividade na jurisdição penal, e, por isso, a necessidade de reunir os diversos atores envolvidos nessa seara para que, em conjunto, possam ser buscadas melhores soluções. “Soluções essas dialogadas, vislumbradas após o compartilhamento das dificuldades e dos desafios a serem transpostos. Precisamos buscar a paz social, e um dos caminhos possíveis é a melhoria da segurança de todos e, especialmente, uma atuação mais eficaz na função de aplicar as leis.”
 
Em seu pronunciamento, a vice-presidente do TJMT, desembargadora Maria Erotides Kneip, agradeceu ao desembargador Marcos Machado, coordenador-geral do Encontro, por ser o grande responsável pelo crescimento do sistema de justiça criminal em Mato Grosso. Segundo ela, Machado reuniu um grupo de estudos e convidou os magistrados a participar, a fim de que pudessem crescer na investigação, na pesquisa e nos estudos. “A magistratura criminal passou a ser vista com outros olhos, assim como a advocacia criminal e os promotores que atuavam no crime também. Quero deixar registrado o agradecimento do Poder Judiciário de Mato Grosso a tudo aquilo que o senhor permitiu”, afirmou.
 
A magistrada também destacou que as ações de natureza criminal têm hoje o maior índice de admissibilidade de recursos especiais no Tribunal de Justiça. “É um número muito mais elevado do que todos os demais ramos do direito. Isso se deve ao debate que se trava entre os polos das ações criminais, à pesquisa que tem sido feita, aos precedentes que tem surgido. Isso é notório”, afirmou. Maria Erotides enfatizou ainda que todos os temas que vê como conflituosos serão debatidos nesse seminário, que traz nomes relevantes e profissionais realmente qualificados no assunto.
 
“Que tenhamos um encontro esclarecedor, e que saiamos daqui prontos para a efetividade da justiça penal, como sonhamos.” 

 
O subprocurador-geral de Justiça Jurídico e Institucional Marcelo Ferra de Carvalho, na ocasião representando o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Júnior, ressaltou o fato de o Encontro marcar a união entre as escolas da magistratura, Ministério Público e advocacia. “Ainda que cada um tenha seu papel no sistema de justiça, a convivência harmônica é necessária ao Estado Democrático de Direito. Todos temos que ter um objetivo comum, e essa harmonia é importante para que tenhamos um sistema de justiça cada vez melhor.”
 
A presidente da OAB/MT, Gisela Cardoso, destacou a importância da advocacia para garantir maior efetividade no sistema de justiça “Colocamos na mesma mesa de debate os principais atores do sistema de justiça – Judiciário, Ministério Público e advocacia -, buscando sempre maior efetividade do sistema de justiça e a melhor entrega da prestação jurisdicional, cada vez mais adequada, sustentada na legalidade, na nossa Constituição Federal”, pontuou.
 
Já o chefe do Poder Executivo mato-grossense, Mauro Mendes, lembrou o crescimento da violência em nosso país e enfatizou a necessidade de mudanças, especialmente no sistema normativo e nas leis. O governador assinalou que o Executivo vem promovendo investimentos significativos nessa área, e que Mato Grosso é o único estado brasileiro que está zerando o déficit penitenciário. Ele propôs que cada um dos atores que integra o sistema de justiça presente ao evento busque olhar para a questão de maneira diferente, pensando em novas soluções.
 
“As leis precisam ser atualizadas, nosso sistema precisa aprimorar muitas formas de atuar para que nós possamos verdadeiramente fazer desse país um país mais seguro, que a violência que cresce possa ter uma inversão e trazer uma outra realidade. Portanto, eu vejo que esse encontro vai debater esse tema muito relevante, todos que aqui estão poderão, com as discussões dos especialistas, encontrar caminhos e alternativas para produzir resultados melhores”, acrescentou.
 
Também participam do evento a vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargadora Serly Alves; os desembargadores Márcio Vidal (vice-diretor da Esmagis-MT), Luiz Ferreira da Silva, Paulo da Cunha e Marcos Machado (coordenador-geral do evento), o procurador-geral do Estado, Francisco Lopes; e a juíza Edna Coutinho (coordenadora do evento).
 
O Encontro do Sistema de Justiça Criminal de Mato Grosso é realizado anualmente, por meio da parceria entre o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Ministério Público estadual e Ordem dos Advogados do Brasil.
 
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Imagem 1: Fotografia colorida onde aparecem a mesa de autoridades e parte dos participantes sentados, de costas. Ao fundo, um banner em tons de verde com o nome e detalhes do evento. Imagem 2: fotografia colorida da desembargadora Helena Ramos. Ela é uma mulher branca, de cabelos escuros, que veste uma roupa clara, com detalhes marrons e preto. Ela está em pé e usa óculos. Imagem 3: fotografia colorida da desembargadora Maria Erotides. Ela é uma mulher branca, de cabelos loiros. Fala ao microfone ao público, que aparece sentado na sala de reunião. Imagem 4: fotografia colorida do procurador Marcelo Ferra. Ela é um homem branco, de cabelos pretos, que fala ao microfone. Imagem 5: fotografia colorida da advogada Gisela Cardoso. Ela é uma mulher branca, de cabelos escuros compridos, que veste uma roupa azul. Está em pé e fala ao microfone. Imagem 6: fotografia colorida do governador Mauro Mendes. Ele é um homem branco, de cabelos escuros, que fala em pé ao microfone.
 
Lígia Saito / Fotos: Ednilson Aguiar (TJMT) 
Assessoria de Comunicação 
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Mato Grosso ocupa 4º lugar na promoção da educação étnico-racial nas escolas, segundo MEC

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Mato Grosso é, mais uma vez, destaque nacional na educação pública. O Estado ocupa o 4º lugar no ranking de Promoção da Equidade Racial na Educação com uma média de 65,9 pontos, muito acima da média brasileira de 48 pontos. Os dados foram divulgados no início desta semana, pelo Ministério da Educação (MEC), como parte da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq).

Na frente de Mato Grosso, aparecem os Estados de Rondônia (66.5 pontos), Distrito Federal (66,9) e Ceará (66,1).

Para a elaboração do ranking, o MEC formulou o índice Erer (Educação para as relações étnico-raciais), que avalia ações implementadas para a formação de professores, gestão escolar, material didático e financiamento para a educação étnico-racial das escolas das redes estaduais e municipais de ensino do país.

É a primeira vez em que um instrumento de análise dessas políticas educacionais é elaborado desde a criação da Lei nº 10.639/2003 (mais tarde alterada pela Lei nº 11.645/2008), que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.¿

Segundo o diagnóstico, 16 das 27 redes estaduais de ensino (59,3%) disseram levar em consideração o efeito do racismo no desempenho dos alunos ou formular políticas para combater as desigualdades na aprendizagem. Já entre os municípios, 58,6% disseram levar isso em conta.

Para o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, o resultado reflete as ações que valorizam a diversidade e combatem a discriminação como parte do Programa EducAção 10 Anos e da Política Antirracista desenvolvida em todas as 648 escolas da Rede Estadual, que incluem 05 unidades quilombolas e 70 indígenas.

“Fazemos uma abordagem da temática étnico-racial de forma transversal e contínua no currículo escolar ao longo de todo o ano letivo nas unidades escolares do estado”, disse.

Ações da Seduc

Em Mato Grosso, as ações de educação étnico-racial estão alinhadas à Política Antirracista e foram incorporadas aos Projetos Político-Pedagógicos (PPPs) das escolas. Como apoio pedagógico, estão disponíveis em formato online o Caderno Pedagógico, as eletivas Ciências e Saberes Quilombolas Educação Escolar Quilombola e o Caderno Pedagógico: Educação Escolar Quilombola para os anos finais do Ensino Fundamental e todo o Ensino Médio.

Em 2024, a Seduc ofertou 340 horas em 15 cursos de formação a profissionais atuantes em todas as funções, sendo 03 deles em que a temática central foi equidade. Nos demais, o tema foi trabalhado de maneira indireta com focos similares ou complementares, atendendo mais de 25 mil servidores, o que representa 70% da rede.

Alan Porto destacou também que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) vai lançar, na primeira semana de dezembro, a cartilha “Mato Grosso: Por uma Educação Antirracista”. O material será disponibilizado em formato online e marcará um momento estratégico para desassociar o tratamento dessa temática exclusivamente ao mês de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.

Outra ação nesse sentido, que está em andamento, é o curso de Formação para Docência e Gestão para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Quilombolas, através do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso e o MEC. Serão ofertadas 3.750 vagas gratuitas. As inscrições encerram-se no dia 15 de dezembro de 2024, e a aula inaugural será realizada no dia 05 de dezembro, com transmissão pelo YouTube.

Para o ano de 2025, a Seduc também planejou um cronograma de ações com encontros presenciais e virtuais para reforçar a importância de integrar essas temáticas às práticas pedagógicas de maneira contínua e efetiva.

“Com isso, a rede estadual de ensino reafirma o compromisso com uma educação mais inclusiva, plural e consciente, promovendo o letramento racial e valorizando as contribuições históricas e culturais dos povos afro-brasileiros, africanos e indígenas, conforme determina a legislação vigente. Uma realidade que começa na matrícula com a declaração de raça dos estudantes, garantindo informações completas e atualizadas”, conclui Alan Porto.

Fonte: Governo MT – MT

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