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POLÍTICA

Deputados se posicionam contrários a construções de PCHs no rio Cuiabá

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O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União Botelho) afirmou, nesta quarta-feira (20), que o Estado tem potencial energético para a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), mas que o Parlamento estadual não vai permitir a construção de usinas hidrelétricas ao longo do rio Cuiabá.   

“Isso vai prejudicar em muito o rio que já está cambaleando e se encontra em dificuldades por conta das nascentes e dos desmatamentos. A construção delas, no rio Cuiabá, traz impacto negativo ao Pantanal mato-grossense. Aqui, estamos fazendo gestão e vamos lutar até o fim para a não construção de usinas. Isso eu garanto”, disse Botelho.

Com 35 pedidos de outorgas para a construção de centrais hidrelétricas de empresas mato-grossenses na bacia do Alto Paraguai, no qual estão inseridos o rio Cuiabá e o Pantanal, Botelho afirmou que eles são encaminhados para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema/MT).

“No início os pedidos são encaminhados para a Sema, e a Assembleia Legislativa não toma conhecimento. O Parlamento tem conhecimento quando o processo está na fase de execução. É a Sema que analisa e aprova os pedidos. Só depois disso que o Parlamento toma conhecimento. Vamos lutar até o fim para a não construção de usinas no rio Cuiabá”, afirmou Botelho. 

Na mesma linha de pensamento de Botelho, o deputado Valdir Barranco (PT) disse que é contra a construção de usinas nos rios mato-grossenses. Nos últimos meses, segundo ele, os debates sobre o clima mundial e as mudanças de matrizes energéticas para combater o aquecimento global estão ganhando força, mas a Sema está na contramão se aprovar a construção de hidrelétricas em Mato Grosso. 

“Todos nós sabemos que usinas hidrelétricas são ultrapassadas. Na Alemanha, os investimentos são feitos em energias solar, mesmo tendo dificuldades de sol. A China já ultrapassou todo mundo nesse tipo de energia. No Brasil, a população está se esforçando para instalar energia solar, mas os governantes estão querendo investir em matriz energética que traz impactos ambientais”, disse Barranco.

Com a aprovação do projeto “Cota Zero” pela Assembleia Legislativa, mas de autoria do Executivo estadual, Barranco afirmou que foi por “interesse econômico do governador Mauro Mendes em construir as PCHs nos rios de Mato Grosso. Nesse caso, os pescadores estavam sendo um grande entrave para eles. Abomino as construções das hidrelétricas no rio Cuiabá”, afirmou Barranco. 

A posição dos parlamentares aconteceu após questionamentos da imprensa sobre os 37 pedidos para a liberação de outorgas de centrais hidrelétricas de empresas mato-grossenses, que estão sendo analisados pela Sema/MT.  

Fonte: ALMT – MT

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POLÍTICA

Faissal pede instalação de CPI para investigar atuação da Energisa em MT

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O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) protocolou, nesta quarta-feira (16), um pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para apurar o contrato e a atuação da Energisa, concessionária de energia elétrica no estado. O parlamentar aponta, no pedido, a necessidade de se investigar se a empresa está cumprindo o contrato firmado e também a qualidade do serviço oferecido a população.

De acordo com Faissal, a criação da CPI para investigar a atuação da Energisa é imprescindível, diante das graves deficiências constatadas na prestação do serviço, considerado essencial. O deputado explicou que a energia elétrica é um pilar para o desenvolvimento econômico e social, e é inadmissível que a distribuição por parte da concessionária continue sendo alvo de inúmeras reclamações por parte da população.

“É urgente apurar a real qualidade dos serviços prestados pela concessionária. Nos últimos anos, os consumidores têm enfrentado frequentes interrupções no fornecimento de energia, ocasionando transtornos que variam desde a interrupção da rotina das famílias até prejuízos significativos para os setores produtivos e industriais. Esse quadro evidencia uma gestão falha, incapaz de garantir um fornecimento contínuo e estável, como é exigido de um serviço de caráter essencial”, afirma Faissal, no pedido.

O deputado pontuou ainda que surgem sérias dúvidas quanto ao cumprimento das obrigações contratuais por parte da concessionária, já que são previstas responsabilidades claras, incluindo a manutenção de um padrão mínimo de qualidade e o cumprimento de metas de desempenho. A continuidade dos problemas evidencia possíveis falhas no cumprimento dessas obrigações e a criação da CPI permitirá uma análise aprofundada desses contratos, verificando se a concessionária está de fato atendendo às exigências estipuladas ou se há necessidade de intervenções e correções imediatas.

“Outro ponto fundamental é a apuração dos investimentos realizados pela concessionária ao longo de todo o período de concessão em Mato Grosso. Embora a empresa tenha anunciado investimentos, eles não parecem resultar em melhorias significativas na qualidade dos serviços prestados. É crucial verificar se os recursos destinados à modernização da rede elétrica e à ampliação da capacidade de fornecimento estão sendo aplicados de forma eficiente e transparente, especialmente considerando que o valor das tarifas deve refletir os investimentos efetivamente realizados pela concessionária”, completou.

Fonte: Política MT

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