O evento global tratará temas cruciais como o conflito e a invasão russa em território ucraniano , além dos desafios contra as mudanças climáticas e também o apoio às nações do Sul Global.
O que chama a atenção nesta edição é que quatro dos cinco líderes dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU optaram por não participar do encontro.
A China optou por enviar uma delegação, seguindo os passos dos líderes de três outras nações com assento permanente no Conselho de Segurança – Rússia, Reino Unido e França – que também não estarão presentes.
A ausência dos líderes faz do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o único membro permanente presente na Assembleia Geral da ONU este ano.
O Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA Jake Sullivan afirmou que o compromisso de Biden está em “promover os interesses e valores dos EUA”, a discussão sobre financiamentos aos países integrantes do Sul Global, além do desenvolvimento de infraestruturas e uma abordagem sobre a crise climática mundial.
Biden também deve destacar o apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia no contexto da agressão russa.
O discurso de Biden na Assembleia Geral vai contrapor a ausência de líderes como Xi Jinping e Vladimir Putin, abrindo uma brecha aos Estados Unidos para reafirmar seu compromisso com a “ordem internacional”, enfatizando a necessidade de instituições multilaterais mais representativas e eficazes.
O discurso de Zelensky, com sua primeira presença pessoal na sede da ONU desde o início do conflito em 2022, ocorre em um momento em que as forças ucranianas buscam acelerar sua contra-ofensiva contra a Rússia.
No entanto, após quase dois anos de combates, o interesse global, especialmente nos Estados Unidos, está diminuindo, o que levanta preocupações sobre a continuação do apoio financeiro e militar à Ucrânia.
Zelensky planeja se reunir com Netanyahu além de participar de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU dedicada especificamente ao conflito em seu país. Caso essa reunião ocorra, o mundo poderá presenciar um encontro entre o líder ucraniando com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
Após sua visita aos Estados Unidos, Zelensky continuará em Washington, onde se reunirá com Biden na Casa Branca e tentará fortalecer o apoio ao seu governo, uma vez que um novo pacote de assistência militar e humanitária dos EUA está pendente de aprovação.
Os líderes mundiais também concentram suas atenções em questões para o Sul Global, mostrando interesse das nações ricas em alavancar apoio dos países sul americanos à Ucrânia com intuito de isolar diplomaticamente a Rússia.
Após seu discurso, Biden estenderá sua estadia em Nova York para se reunir com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para discutir questões variadas, incluindo relações bilaterais e acordos diplomáticos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.