Uma testemunha que passava pelo Arco Metropolitano na última quinta-feira (7), quando Heloísa Santos Silva, de 3 anos, foi baleada por policiais rodoviários federais , deu entrevista a uma rádio afirmando que presenciou o momento, mas não citou um disparo anterior aos dos policiais , como citam os agentes.
Em entrevista para a rádio CBN , a testemunha explicou o que afirma ter presenciado:
“Tava emparelhado ao carro dessa família. Eles mandaram… eles tavam vindo a Federal lá atrás, não tavam nem perto do carro. Eu tava vindo de boa, eu vi a Federal vindo, mas não ligou nada, luz, nada. Mas eu vi que era carro da Federal, que eu tinha passado por eles. E, quando foi chegando mais perto, eu fui, joguei pra pista do canto, eles “ligou” só a sirene. Fez só um barulhinho, nem eu ouvi direito”, declarou a testemunha.
“Falei: ‘pô, será que tá mandando o carro parar?’ Até então, acho que a família continuou andando de boa. Aí, do nada, ele chegou mais perto do carro. A família, antes de encostar pro canto, não correu, não acelerou, nem nada, eles ‘deu’ uns sete tiros no carro”, concluiu.
O carro da família era um Peugeot 207 que estava com cinco ocupantes: William Silva (pai), sua esposa, Heloísa e sua irmã, além de uma tia da criança. Heloísa está internada no Hospital Adão Pereira Nunes , em Duque de Caxias. De acordo com o boletim médico mais recente, a menina está no CTI em estado grave .
Os policiais na ocorrência, deixaram Heloísa na unidade de saúde e foram até a Delegacia de Seropédica. Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter feito os disparos de fuzil , mas afirmou que ouviu tiros antes de realizar os disparos .
Em depoimento, Menacho afirmou que a placa do veículo indicava que o automóvel era roubado e falou para seguirem atrás do carro. Segundo o policial, a viatura ligou o giroflex e tocou a sirene, sinalizando para que o carro parasse, e que, após cerca de 10 segundos, escutaram um som de disparo de arma de fogo.
O policial afirmou ter disparado três vezes contra o carro da família porque supôs que o disparo que ouviu veio do veículo da família. Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva , outros agentes envolvidos na ocorrência confirmaram a versão.
Segundo a Polícia Civil, o carro em que a família estava consta como roubado no dia 20 de agosto de 2022. Em depoimento, Jorge Salomão, que vendeu o carro ao pai de Heloísa, declarou que comprou o carro de um amigo antes de repassá-lo a William. A transação entre Jorge e William aconteceu em maio de 2023, com William dando um carro sem motor, dez parcelas de 750 reais e mais cinco mil reais em espécie.
O vendedor declarou que fez consultas ao Detran e que o veículo sempre aparecia “ sem restrição ”.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.