Com o objetivo de despertar junto aos 17 novos delegados de polícia, recém empossados, um olhar mais atento para a área ambiental, integrantes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Civil, Polícia Militar, Sistema Socioeducativo e Polícia Penal, realizaram nesta quarta-feira (06) uma reunião na sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá.
O encontro contou também com a participação da titular da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), Liliane Murata, e da secretária estadual de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti. Segundo a delegada Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino, que atua com investigações relacionadas a questões ambientais no Gaeco, o treinamento foi uma oportunidade para discussões sobre metodologias de trabalho e procedimentos administrativos.
“Foi um despertar para a importância da área ambiental. Além de apresentarmos um relato sobre as principais demandas nesta área, nos colocamos à disposição dos novos delegados para troca de experiências e informações”, explicou a delegada.
O promotor de Justiça Marcelo Caetano Vachianno falou sobre o trabalho realizado pelo Gaeco, destacando a atuação que resultou na operação Polygonum. A investigação, segundo ele, trouxe à tona várias fraudes que eram cometidas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e em laudos de tipologias de vegetação em imóveis situados na Amazônia Legal.
“Foi uma das maiores operações já realizadas no Brasil dentro de um órgão ambiental. A investigação, que teve início em um processo corriqueiro, acabou chegando a várias células de uma organização criminosa que atuava dentro da Sema”, contou.
O promotor de Justiça destacou a importância da integração dos órgãos de segurança pública e reforçou que o Gaeco é uma força-tarefa interinstitucional. “O Gaeco só está no Ministério Público por uma questão de logística. É um trabalho realizado com a cooperação de todas as instituições que participam desta força-tarefa permanente”, afirmou.
Na abertura dos trabalhos, a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, abordou as principais frentes de atuação do órgão ambiental e apresentou alguns sistemas utilizados. Ela se colocou à disposição dos novos integrantes da Polícia Civil para o compartilhamento de informações e atendimento a eventuais demandas.
Policiais civis de Mato Grosso e do Ceará cumpriram, nesta sexta-feira (22.11), 17 mandados judiciais de buscas e prisões dentro da Operação Deceptor, da Polícia Civil cearense, contra um grupo criminoso investigado por fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro. Foram realizados ainda a apreensão de bens e bloqueio de valores dos investigados.
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois de prisão nas cidades de Várzea Grande, Cuiabá, Mirassol d’Oeste e Cáceres pelas equipes da Delegacia Especializada de Estelionatos de Cuiabá e da Delegacia de Mirassol d’Oeste. Dois alvos de prisão estão foragidos.
A investigação conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, do Departamento de Polícia Judiciária Especializada do Ceará, identificou a atuação da organização criminosa responsável por fraudes eletrônicas usando plataformas de vendas online.
Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos computadores e aparelhos celulares e realizado o bloqueio de valores até o montante total de R$ 6 milhões, além do bloqueio judicial de 15 veículos.