Os intensos temporais e chuvas intermitentes que assolam a região Sul do país desde segunda-feira (4) e resultaram em pelo menos 22 mortes, até o momento, agravaram ainda mais a situação trágica em uma série de eventos climáticos extremos ocorridos no país neste ano.
No mais recente episódio, as cidades de Passo Fundo e Água Santa estabeleceram recordes de precipitação de volume de água, com 291,6 mm e 221,6 mm de chuva nas 72 horas iniciais do temporal, respectivamente.
Em fevereiro, um evento de chuvas extremas no litoral norte de São Paulo , que atingiu São Sebastião e áreas circundantes, resultou na trágica morte de 65 pessoas. Algumas estações meteorológicas registraram mais de 600 mm de chuva em apenas 24 horas.
Esse cálculo em milímetros se traduz na quantidade de litros de água por metro quadrado. Assim, cerca de 600 litros de água caíram em cada metro quadrado em um único dia.
No final de junho, 16 pessoas perderam a vida no Rio Grande do Sul durante a passagem de um ciclone, enquanto mais de 16 mil pessoas ficaram desabrigadas. Números semelhantes de pessoas foram afetadas pelas chuvas no Nordeste brasileiro, em Alagoas, no mês de julho.
Especialistas alertam que esses eventos climáticos extremos podem se tornar mais frequentes devido às mudanças climáticas provocadas pela ação do homem, ou seja, das emissões de gases poluentes que alteram os padrões do meio ambiente.
Veja quais foram eventos climáticos trágicos e seus impactos em 2023:
– Litoral norte de São Paulo , em fevereiro: 64 mortes, deslizamentos de terra e danos às moradias. – São Paulo , início de fevereiro: Duas vítimas arrastadas por enchentes. – São Paul o, julho: Ciclone com duas vítimas e interrupção de energia elétrica. – Acre , março e abril: Mais de 21 mil desalojados e desabrigados devido a enchentes. – Sul e extremo sul da Bahia , abril: Bairros inundados, aldeias indígenas isoladas, 1 morte e mais de 5 mil desalojados. – Alagoas , julho: Uma morte, 16 mil desalojados e 22 municípios em estado de emergência. – Pernambuco , fevereiro: Um morto em Olinda devido a deslizamentos. – Pernambuco , maio: Alagamentos em diversas cidades, com registro de 115 mm em um dia em Jaboatão dos Guararapes. – Pernambuco , julho: Chuvas afetando a região fronteiriça com Alagoas, resultando em 2.600 pessoas afetadas, incluindo desalojados e desabrigados.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.