Representantes da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Subseção MT, destacaram que hoje uma sessão de hemodiálise no Estado tem custo mínimo de R$ 305,00. O Governo Federal repassa R$ 240,00, faltando R$ 65,00 de complementação para fechar o valor. Presente no debate a secretária-adjunta de Regulação do Estado, Fabiana Bardi, destacou que o Estado assumirá esse repasse, ou um valor aproximado dos R$ 65,00.

“Foi um alívio ouvir isso; o Governo o Estado sabe que Sorriso é parceiro, queremos atuar juntos e esse é um serviço de alta complexidade, com o auxilio dos governos federal e estadual muitas vidas serão salvas”, frisa Luis Fábio. “Esse é um serviço com custo alto, temos pacientes que necessitam fazer hemodiálise três vezes na semana, o valor da sessão é alto”, diz.

Luis Fábio destaca que o Estado busca uma solução para evitar o colapso do sistema, visto que são poucos os pontos que ofertam o serviço e a demanda é crescente. “Ouvimos relatos de pacientes que viajam cerca de 500 quilômetros para cada sessão; o paciente já está debilitado e precisa percorrer essa distância três vezes na semana”, relata. “Só da nossa cidade temos 20 pacientes que necessitam ir até outros municípios para fazer hemodiálise; sabemos que há um número alta nos municípios circunvizinhos também; o prefeito Ari Lafin se comprometeu em entregar esse prédio e esse serviço tão necessário à população e hoje estamos muito perto de poder ofertar mais qualidade de vida aos nossos pacientes”.

O secretário municipal ressalta que na ALMT, Sorriso mostrou o investimento que realizou no Centro de Hemodiálise. A obra demandou o investimento de quase R$ 1,5 milhão e começou a ser erguida em meados de 2020 e entregue no fim de 2022. “Agora, com o aporte federal e estadual, passamos à fase do lançamento do edital de concessão”, comemora o gestor municipal.

A obra

Inicialmente orçada em R$ 1.180.072,28, a obra do prédio conta com uma área construída de 543,27 m², dividida em uma recepção ampla, sete salas de atendimentos, vestiários, banheiros, copa e depósito, além de um recinto específico para tratamento de água da edificação. Outra intervenção necessária para entregar o local foi a construção de estacionamento e calçadas.

Ao todo, uma área de 754,39 m² em volta do prédio, localizado Avenida Brasil, no bairro Vila Romana, conta com calçada e estacionamento em paver, com 24 m² de piso tátil direcional e 2,94 m² de piso tátil de alerta. Além deste espaço, outros 894,22 m² com pedra brita foram destinados a estacionamento. Nesta etapa de construção, foram investidos mais R$ 311.047,00.

Operacionalização

Com o aporte financeiro dos governos federal e estadual, inicia agora a preparação para o lançamento do edital de concessão para o início dos serviços. A operacionalização do Centro deve se dar por uma empresa terceirizada, visto que os serviços são de alta complexidade, e devem ser custeados pelo Ministério da Saúde. Tal processo será viabilizado por meio de uma concorrência pública, com maior lance ou oferta.

Por esse mecanismo, as empresas interessadas em explorar o serviço de operacionalização e gerenciamento de serviços de Terapia Renal Substitutiva (TRS) pelos próximos 20 anos devem fazer o maior lance ou oferta para utilizar a estrutura física erguida pela Prefeitura. De forma mais simples, a empresa terá a possibilidade de instalar a clínica de tratamento renal na estrutura construída pelo Município.

Além de Luis Fábio, os vereadores Leandro Damiani, Jane dela libera e Maurício Gomes acompanharam o debate na ALMT.