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Agronegócio

Brasil bate recorde na produção de açúcar e atinge 50% das exportações mundiais

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De acordo com as estimativas da consultoria JOB Economia, o Brasil está previsto para encerrar a temporada 2023/24 com produção e exportação recordes de açúcar, o que o colocaria como responsável por cerca de 50% do comércio global do produto.

Essa projeção otimista se deve à colheita de uma safra de cana-de-açúcar excepcionalmente grande e ao aumento na alocação de matéria-prima para a produção de açúcar.

A moagem de cana no país, estimada em 660,6 milhões de toneladas para 23/24, supera as expectativas iniciais, que eram de 653,4 milhões de toneladas. Esse aumento de mais de 51 milhões de toneladas em comparação com a temporada anterior é impulsionado por condições climáticas favoráveis que aumentaram a produtividade.

A fabricação de açúcar, realizada pelo maior produtor e exportador global, também alcançará números recordes na safra 2023/24, atingindo 42,7 milhões de toneladas, em comparação com a previsão inicial de 40,4 milhões e os 37 milhões da temporada anterior, de acordo com a consultoria.

Julio Maria Borges, sócio-diretor da JOB, expressou otimismo quanto ao andamento da safra, observando que a moagem de cana no Brasil se aproximará do recorde de 2015/16, quando foram processados 667 milhões de toneladas.

Quanto à exportação de açúcar brasileiro, a safra também deve atingir um recorde de 32,2 milhões de toneladas, superando as previsões iniciais de 29,8 milhões e os 27,1 milhões da temporada anterior. O recorde anterior para exportações ocorreu em 2020, quando foram embarcadas 32 milhões de toneladas.

Em relação à produção de etanol, tanto de cana-de-açúcar quanto de milho, as estimativas apontam para um total de 32,9 bilhões de litros em 2023/24, em comparação com a previsão anterior de 33,5 bilhões e os 31,2 bilhões da safra passada.

Borges mencionou que a produção de etanol de cana será reduzida ao mínimo nas usinas, a fim de maximizar a produção de açúcar. Além disso, ele observou que o etanol de milho continuará sua trajetória de crescimento, representando já 20% da produção total de etanol na região centro-sul do Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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