A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) recebeu denúncia de tentativas de golpes que utilizam o nome do órgão ambiental para pedir o envio de transferência bancária, via pix, para pagamento de uma suposta rifa. A Secretaria alerta que não realiza este tipo de ação para arrecadação de fundos e que o cidadão deve entrar em contato com a Ouvidoria do órgão para registrar denúncias.
Golpistas têm entrado em contato com fazendeiros pelo WhatsApp se passando por representantes da Sema e informado que haverá a rifa de um barco, ou outro item de elevado valor. Então, é solicitado para a vítima que realize transferência via pix para pagar por cartelas já reservadas em nome da fazenda, forçando, assim, o pagamento de valores elevados.
Os “golpes do pix” possuem diversos formatos. O cidadão deve ficar atento e não realizar transações financeiras ou fornecer dados pessoais. Qualquer contato semelhante deve ser tratado como suspeito e denunciado aos órgãos competentes.
A Sema jamais pedirá transferência bancária para contas em nome de pessoas físicas. A arrecadação da Secretaria ocorre apenas com o pagamento de multas ambientais e taxas, por meio de Documento de Arrecadação (DAR), em formato de boleto, emitido pelos sistemas oficiais, tendo como beneficiária a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
Quem for vítima deve denunciar à Sema por meio da ouvidoria e se dirigir à Polícia Civil para registrar Boletim de Ocorrência.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou, nesta sexta-feira (20.09), a Operação Pubblicare para cumprir ordens judiciais contra o núcleo de uma organização criminosa formado por servidores públicos que colaboravam com membros de facção na lavagem de dinheiro por meio da realização de shows e eventos em casas noturnas de Cuiabá.
Um parlamentar de Cuiabá foi preso na operação.
Setenta policiais cumprem 15 medidas cautelares, entre prisão, buscas, sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), sendo:
Um mandado de prisão preventiva;
Sete mandados de busca e apreensão;
Seis veículos e um imóvel sequestrados e bloqueio de contas bancárias
A Operação Pubblicare é desmembramento da Operação Ragnatela, deflagrada em junho deste ano, quando a FICCO-MT desarticulou um grupo criminoso que teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800.000,00, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.
Agentes públicos
Durante as investigações também foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. Foi identificado que um parlamentar atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.
Os investigados respondem pelos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com os membros da facção indiciados durante a Operação Ragnatela.
A Operação Pubblicare, termo em italiano, faz alusão à atividade do agente público, que em vez de atuar em prol da população, focava em interesses escusos da facção criminosa.
A FICCO-MT é uma força integrada composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.