Os detentos de uma penitenciária em Cuenca, no Sul do Equador, sequestraram 57 guardas e agentes da polícia em um protesto contra a transferência de presos para outras prisões, informou o ministro do Interior, Juan Zapata.
“Estamos preocupados com a segurança dos nossos agentes”, afirmou Zapata, em um dia marcado pela explosão de dois carros-bomba em Quito. As explosões não deixaram vítimas.
Na quarta-feira (30), centenas de soldados e policiais realizaram uma operação de busca de armas, munições e explosivos na prisão de Latacunga (sul), uma das maiores penitenciárias do país.
Inicialmente, o Servicio Nacional de Atención Integral a Personas Adultas Privadas de Libertad (Snai), a administração penitenciária do país, considerou a tomada de reféns em Cuenca uma possível represália pela intervenção das forças armadas em Latacunga, mas, posteriormente, as autoridades indicaram que o sequestro era um protesto contra a transferência de presos para outras penitenciárias.
Grupos ligados ao narcotráfico travam uma guerra pelo poder nas prisões equatorianas, que se tornaram centros de operações.
Os confrontos entre grupos de presos são frequentes. Desde 2021, cerca de 430 reclusos já morreram no Equador.
Diante desta onde de violência entre organizações ligadas aos cartéis mexicanos e colombianos, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou, em 24 de julho, estado de emergência em todo o sistema prisional durante 60 dias, permitindo com esta medida colocar o Exército nas cadeias.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.