A empresa Burn Indústria e Comércio, que atua no ramo de higiene e limpeza, com sede em Queimados, na Baixada Fluminense, é a responsável, de acordo com a Polícia Civil, pelo despejo irregular de produto presente nos detergentes no Rio Guandu, que provocou a paralisação da captação de água para tratamento, na segunda-feira (28), deixando sem abastecimento de água quase 11 milhões de pessoas. A previsão é que o abastecimento fique normalizado nas próximas 48 horas.
A empresa vai responder por crime ambiental e a multa aplicada pode chegar a R$ 50 milhões. O vice-governador do estado do Rio, Thiago Pampolha, que também responde pela Secretaria de Meio Ambiente, disse que a empresa Burn Indústria e Comércio será punida de forma exemplar.
“Nós vamos usar todos os agravantes que fizerem sentido para que a gente possa punir de forma exemplar, na medida e na proporção que o caso exige, sem cometer injustiças, mas dando o exemplo. O estado do Rio não pode aceitar esse tipo de crime ambiental de forma pacífica, precisamos realmente aqui de muita energia do estado”, afirmou o vice-governador. A empresa opera também na fabricação de produtos têxteis para uso doméstico. Na página da Burn Indústria e Comércio, ela é descrita como empresa de pequeno porte, que tem 20 funcionários registrados em sua folha.
A Polícia Civil vai pedir também a interdição da empresa. Outras fábricas serão visitadas, nesta quarta-feira (30), para identificar se houve mais despejos que provocaram a paralisação da Estação de Tratamento (ETA) Guandu.
A Agência Brasil entrou em contato com a Burn Indústria e Comércio, acusada de ser a responsável pelo grande volume de subfarctante (composto presente nos detergentes) no Rio Guandu, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.