Em 2020, incêndios de alta intensidade queimaram mais de 30% do território do Pantanal, na porção brasileira. É o que aponta uma nova pesquisa conduzida por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), publicada na revista científica Fire.
Segundo a pesquisa, esses incêndios queimaram uma área de 44.998 quilômetros quadrados na porção brasileira do bioma, valor bem acima do que havia sido estimado em levantamentos anteriores, que variavam entre 14.307 quilômetros quadrados e 36.017 quilômetros quadrados.
O levantamento foi feito com base em imagens de satélite da missão Sentinel-2, que deram mais precisão e refinamento às estimativas sobre as áreas queimadas.
A conclusão do estudo, segundo a Agência Fapesp, apontou sobre a necessidade de se melhorar os dados de impactos do fogo em regiões criticamente sensíveis às mudanças climáticas, como o Pantanal, que é a maior área úmida tropical do mundo. E essa preocupação aumenta neste ano de 2023, já que o fenômeno El Niño pode deixar o bioma mais seco e suscetível ao fogo.
Entre o dia 1º de janeiro e 28 de agosto deste ano, o Pantanal registrou 394 focos de fogo, segundo dados do Inpe. Nesse mesmo período de 2020, haviam sido registrados 8.895 focos de queimadas, maior número desde 1998 para o bioma.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.