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MATO GROSSO

Reconstruindo Sonhos inicia novas turmas em Cuiabá e Nortelândia

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Será realizado nesta segunda-feira (21), às 9h, na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, em Cuiabá, o lançamento da segunda turma do Projeto Reconstruindo Sonhos, com a participação de 20 reeducandas. Desenvolvido em unidades prisionais de Mato Grosso, o projeto Reconstruindo Sonhos é  realizado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso com o apoio de várias instituições.

Dividido em duas etapas, o projeto começa com a realização de 12 encontros, que ocorrem uma vez por semana e abordam temas como valores, humanização e espiritualidade, relações interpessoais, família, comunicação, trabalho, perspectiva de futuro, planejamento, entre outros. Terminada essa fase, o projeto segue com a oferta de cursos profissionalizantes.

Esta semana, o Reconstruindo Sonhos iniciou as atividades na Cadeia Pública Feminina de Nortelândia, município distante 232 km. de Cuiabá.  Com uma turma composta por 15 participantes, a iniciativa será desenvolvida em parceria com o Senar/MT. 

Várias autoridades participaram do lançamento do projeto no município, entre elas, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Execução Penal, promotora de Justiça Josane Fátima de Carvalho Guariente, o promotor de Justiça Arthur Yasuhiro Kenji Sato, a diretora da unidade prisional, Adriana Duarte Quinteiro, o prefeito Jocimar Fernandes, a representante do Sindicato Rural de Arenápolis e do Senar, Rafaela Regina Borges Dourado Botelho, e a superintendente de Política Penitenciária de MT, Gleidiane Custódio da Silva Assis. 

São parceiros do projeto o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária,  Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECITECI), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (SENAR), Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OABMT), Conselho da Comunidade de Execução Penal de Sorriso (CONCEP), Conselho Comunitário de Segurança Pública de Sorriso (CONSEG), Fundação Nova Chance, Nova Acrópole Cuiabá e Instituto Ação Pela Paz.

Foto: SESP-MT
 

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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