A família do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, que foi assassinado na última semana com três tiros, anunciou que entrará com uma denúncia contra presidente Guillermo Lasso. Villavicencio foi morto no dia 9 de agosto, enquanto saia de um comício na cidade de Quito.
Segundo o advogado da família, Marco Yaulema, a denúncia contra o Estado equatoriano se pauta no crime de homicídio, pois houve “omissão dolosa das autoridades, que não cumpriram o seu papel de garantidores”. Yaulema levanta que antes do ocorrido, haviam ameaças contra Villavicencio, o que justificaria a entrada do processo. “Eles os deixaram abandonado, o deixaram morrer”. O candidato havia sido levando antes do assassinato para um carro sem reforço de segurança. Vale ressaltar que havia no mesmo local um carro blindado.
Yaulema diz que os responsáveis pela morte são o presidente, o ministro do Interior, Juan Zapata, o comandante-geral da polícia, Fausto Salinas, e o diretor da operação de segurança de Villavicencio.
O ministro do Interior, Juan Zapata, comentou a decisão da família, e disse que esse é um direito deles, e que será respeitado. Além disso, ele explicou que só poderá explicar sobre uma possível falha na segurança e nos procedimentos policiais após as investigações da Direção da Administração Interna.
O substituto de Villavicencio, Christian Zurita, comentou com jornalistas na última quinta-feira (17), que suas suspeitas para a morte do candidato sejam as propostas que visavam atacar as rotas de comércio do narcotráfico. “Tenho quase certeza de que ele foi assassinado porque disse que iria militarizar os portos”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.