Na manhã desta quarta-feira(16), uma multidão de mulheres agricultoras foram a Brasília na 7ª Marcha das Margaridas, evento realizado a cada quatro anos para levar as pautas políticas das mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades ao Congresso.
Elas foram recebidas pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e pelo presidente Lula, que discursou ao meio-dia, anunciando o lançamento de um plano emergencial de reforma agrária e um pacto de prevenção ao feminicídio para responder às demandas dos movimentos sociais.
“É preciso criar uma cultura de respeito no campo e nas cidades. Não toleramos mais discriminação, misoginia e violência de gênero. Não podemos conviver com tantas mulheres sendo agredidas e mortas diariamente dentro de suas casas”, disse Lula.
É uma alegria enorme estar na Marcha das Margaridas assinando ações para a autonomia econômica e inclusão produtiva das mulheres rurais. A retomada da reforma agrária, com atenção especial a famílias chefiadas por mulheres. 90 mil Quintais Produtivos, para a segurança alimentar,…
O governo anunciou o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, como meio de prevenir a misoginia, machismo, discriminação e violência de gênero contra as mulheres brasileiras.
É importante que a imprensa registre as milhares de mulheres que estão presentes na Marcha das Margaridas. Porque foi pelas mãos de vocês que tiramos os fascistas do poder. Eles têm que saber que filho de agricultora vai virar doutor. Eles têm que saber que o povo quer melhorar…
De acordo com o plano, serão entregues mais 10 carros e 270 unidades móveis de acolhimento às vítimas de violência de gênero, além de barcos e lanchas para acesso e apoio às mulheres ribeirinhas, que vivem em áreas que necessitam de serviço fluvial.
Reforma Agrária
O Plano Emergencial de Reforma Agrária, segundo o governo, vai priorizar as mulheres no processo de seleção e deverá beneficiar cerca de 45,7 mil famílias com assistência técnica e R$13,5 milhões para as agricultoras e para desenvolver ações voltadas à agroecologia.
O governo também pretende criar oito assentamentos para 5.711 novas famílias, além de regularizar outras 40 mil famílias. Durante a cerimônia, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse que ainda em 2023 o governo vai firmar o compromisso de instituir o terceiro Plano Nacional de Reforma Agrária.
Precisamos de um país mais carinhoso com as mulheres e mais generoso com os mais pobres. Um país em que nenhuma mãe, do campo ou das cidades, passe pelo sofrimento de não ter o que dar de comer aos filhos. Um Brasil em que todas e todos possam tomar café da manhã, almoçar e…
“Estamos instituindo o decreto que cria o grupo de trabalho para construir o Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural, às mulheres jovens que queiram permanecer no campo no Brasil”, afirmou Paulo durante a cerimônia.
No evento, Lula também assinou um decreto para restabelecer e aumentar de R$300 para R$600 os pagamentos do Bolsa Verde, benefício para famílias de baixa renda que vivem em áreas que necessitam de proteção ambiental.
O governo também anunciou a criação de 10 mil quintais produtivos para mulheres agricultoras, com o objetivo garantir que elas tenham acesso a insumos básicos, utensílios e equipamentos necessários ao seu trabalho. Até o ano de 2026, a meta é que sejam criados 90 mil quintais.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.