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BRASIL

Mostra marca 100 anos da Rádio MEC, desde origem como Rádio Sociedade

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A Casa da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) abre nesta terça-feira (15), às 18h, a exposição Rádio Sociedade: 100 Anos de Rádio no Brasil. Fundada em abril de 1923 por um grupo de intelectuais e cientistas com o intuito de levar informações educativas, culturais e científicas à população, a Rádio Sociedade teve no educador e antropólogo Edgard Roquette-Pinto um de seus maiores entusiastas. A mostra é gratuita e ficará aberta ao público até 8 de outubro.

Pioneira no rádio e na divulgação científica no Brasil, a Rádio Sociedade é, hoje, a Rádio MEC, pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Thiago Regotto. “É acervo da EBC que vai estar lá exposto”, destacou à Agência Brasil o gerente executivo da emissora, Thiago Regotto. “A gente conta que a Rádio MEC está fazendo 100 anos. Foram 13 anos como Rádio Sociedade e 87 como Rádio MEC. Então, o calendário é de 100 anos da Rádio MEC, pegando a origem como Rádio Sociedade”, explicou.

A exposição é uma iniciativa da Rádio MEC, em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), o Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), e a empresa Folguedo. A iniciativa tem apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Importância

A pesquisadora da COC/Fiocruz, Luisa Massarani, coordenadora do INCT-CPCT e curadora da exposição ao lado de Ildeu de Castro Moreira, da UFRJ, informou à Agência Brasil que a Rádio Sociedade funcionou até 1936, quando foi doada ao então Ministério da Educação e Saúde. Dessa doação, foi criada, naquele mesmo ano, a Rádio MEC.

A Casa de Oswaldo Cruz é a responsável pela organização do acervo da Rádio Sociedade, junto com a Rádio MEC. Luisa ressaltou que a Rádio Sociedade tem grande valor para a história da rádio, tendo sido criada apenas três anos após a primeira rádio do mundo. A emissora tem valor também para a história da ciência e da divulgação científica, uma vez que foi fundada por cientistas e intelectuais no escopo da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Segundo a pesquisadora, apesar disso, seu acervo esteve à deriva por várias décadas, com muita perda de documentos, fotos e, principalmente, material sonoro.

“No final dos anos 1990, soubemos que tinha sido localizado [o acervo] e tentamos ter acesso a ele. Mas não conseguimos. Finalmente, no início dos anos 2000, quando realizávamos uma exposição sobre Edgard Roquette-Pinto, conseguimos ter acesso a vários de seus documentos. Para evitar novas perdas, a Casa de Oswaldo Cruz propôs à Rádio MEC uma parceria em que buscamos recursos junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro [Faperj] para organizar e digitalizar o acervo. O acervo físico permaneceu na Rádio MEC, mas foi também integralmente colocado em um site para garantir sua preservação e o acesso gratuito por parte da sociedade.”

Pode-se dizer que a Rádio Sociedade foi o berço da rádio educativa no país, de acordo com Luisa Massarani. Ela reiterou a importância da emissora para a história do rádio, da ciência e da divulgação científica. “Na verdade, a década de 1920 foi particularmente efervescente na área da divulgação científica. O rádio, na ocasião, era a grande novidade tecnológica da época e transformou nossas vidas tanto como a internet mais recentemente.”

Mostra

A mostra traz imagens e objetos históricos, oferecendo ao público a oportunidade de fazer uma viagem pela história da Rádio Sociedade, com atividades educativas e interativas. Além de vídeos e áudios, haverá um estúdio para as crianças fazerem criações radiofônicas, informou o gerente executivo da Rádio MEC.

A exposição está dividida em módulos que vão abordar diversos aspectos da criação e da trajetória da emissora, incluindo sua programação. São eles: No Ar, a Pioneira Rádio Sociedade; Por dentro da Rádio; Com a Palavra, o Público!; Programa Quarto de Hora Infantil; Pelas Ondas da Rádio Sociedade; O Fim da Rádio Sociedade?; Rádio MEC; e Estúdio.

Luisa Massarani informou que, com o objetivo de se aproximar da população, a emissora tinha uma programação variada que incluía, além de música clássica e popular, programas para o público infantil, palestras, e cursos sobre inglês, francês, história do Brasil, literatura portuguesa, radiotelefonia e telegrafia, entre outros.

Um dos destaques do módulo Pelas Ondas da Rádio Sociedade é a visita do cientista alemão Albert Einstein ao Rio de Janeiro, dois anos após a criação da Rádio Sociedade, em 1925. Ao conhecer a sede da emissora, Einstein disse, empolgado: “Não posso deixar de, mais uma vez, admirar os esplêndidos resultados a que chegou à ciência aliada à técnica”. O discurso de Einstein foi traduzido pelo químico Mario Saraiva.

A exposição tem recursos de acessibilidade para pessoas surdas ou que não enxergam, como audiodescrição e caderno em Braile. Os painéis e vídeos serão acessíveis por meio de Libras, sendo possível agendar visitas mediadas para pessoas com deficiência visual no endereço casadaciencia@casadaciencia.ufrj.br.

A Casa da Ciência da UFRJ está localizada na Rua Lauro Müller, 3, em Botafogo, zona sul da capital. A mostra pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 9h às 20h, e aos domingos e feriados, das 10h às 16h.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Nova pesquisa mostra PP na liderança na OAB-MT; Gisela despenca e Xênia cresce

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Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.

Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.

Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.

Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.

O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.

O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.

 

Fonte: OAB MT

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