A China disse que os Estados Unidos “colocaram em risco” a paz e estabilidade no Estreito de Taiwan após um avião militar de reconhecimento e patrulha marítima norte-americano sobrevoar a região nesta segunda-feira (27).
Pequim se incomoda com as missões militares dos Estados Unidos pelo estreito, com navios de guerra ou aeronaves, dizendo que a China tem “soberania, direitos soberanos e jurisdição” sobre o canal.
Taiwan e os EUA, por outro lado, contestam a fala, afirmando que o estreito é uma via navegável internacional.
O Comando do Teatro Oriental do Exército Popular de Libertação da China informou que suas forças monitoram a aeronave norte-americana — que também é usada para missões antissubmarino — de perto, enquanto ela sobrevoava o estreito que separa a China de Taiwan .
“As ações do lado dos EUA interferiram e perturbaram deliberadamente a situação regional e colocaram em risco a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan . Nós nos opomos firmemente a isso”, afirmou em comunicado.
“As forças do teatro permanecem em alerta máximo o tempo todo e defendem resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial”, acrescentou.
O Pentágono não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Anteriormente, os EUA disseram que esse tipo de missão mostra o compromisso norte-americano com um Indo-Pacífico livre e aberto.
Em nota, o Ministério da Defesa de Taiwan afirmou que a aeronave voou na direção sul por meio do estreito.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.