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MATO GROSSO

MT gera 40,1 mil empregos no 1º semestre; obras do Estado tiveram impacto nas contratações

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Com a maior taxa de crescimento do país, Mato Grosso gerou 40.119 novos empregos no primeiro semestre de 2023, resultando numa variação positiva de 4,81% em relação ao mesmo período de 2022. Os dados foram compilados pelo Observatório de Desenvolvimento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Seguido de MT com maior percentual de aumento de vagas, estão Goiás (4,25%), Roraima (4,21%), Mato Grosso do Sul (4,17%) e Piauí (4,02%).

O setor de serviços liderou as contratações com 16.225 vagas, seguido pela agropecuária (8.347), construção civil (6.275), indústria (5.792) e comércio (3.480).

“Na comparação com o primeiro semestre de 2022, o setor de construção civil cresceu 14,8%, muito estimulado pelas construções de rodovias, ferrovias e obras urbanas que movimentou mais de 50% dos empregos gerados no setor. Todos esses investimentos realizados pela gestão do govenador Mauro Mendes em construção de escolas, retomada das obras da BR-163, rodovias estaduais, hospitais tem refletido na geração de emprego e renda”, destacou o secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos, Anderson Lombardi.

Dentro do setor da construção civil, destaca-se a construção de rodovias e ferrovias, que gerou 55,52% de empregos a mais no 1º semestre de 2023 em relação a 2022. O estoque de empregos neste setor era de 4.906 nos primeiros seis meses do ano passado saltou para 7.630 neste ano. Em seguida há o crescimento das obras de urbanização – ruas, praças e calçadas (53,39%); obras de arte especiais – pontes e viadutos (29,71%); obras de terraplanagem (25,28%) e construção de edifícios (11,52%).

A mão de obra contratada com carteira assinada tem perfil jovem. Cerca de 42% dos empregos foram para pessoas de 18 a 24 anos, 67% dos trabalhadores empregados possuem o ensino médio completo, 33% são trabalhadores da produção de bens e serviços industriais. Além disso, 71,6% dos contratados são homens e 28,4% são mulheres.

Alguns setores demitiram mais que contrataram, como a locação de mão de obra temporária, serviços de preparação de terreno, serviços de controle de pragas agrícolas, fabricação de medicamentos de uso veterinário e apoio a extração mineral.

“Depende muito da visão sobre isso, pois houve migração dessa mão de obra. O serviço de preparação de terreno e de locação de mão de obra caiu porque as construções foram para outras fases e muitos passaram a assinar a carteira. No caso do controle das pragas agrícolas, os produtores passaram a utilizar medidas mais sustentáveis no controle de pragas com o uso de bioinsumos. Já em relação a fabricação de medicamentos de uso veterinário, pode ser reflexo da não obrigação de vacinação contra febre aftosa no estado, por estar livre da doença, tanto quanto dos baixos casos de brucelose”, explicou o coordenador do Observatório do Desenvolvimento, Vinicius Hideki Bispo.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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