A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte de Cuiabá), cumpriu mandado de prisão preventiva contra um homem investigado pela atuação com o comércio de drogas no município.
Nas investigações, foram levantados indícios de que o suspeito atuava no comércio de entorpecentes na modalidade delivery.
Em uma situação, no dia 11 de junho, o investigado conseguiu fugir de uma abordagem da Polícia Militar no momento em que fazia a entrega de drogas, utilizando seu veículo VW Gol. Na fuga, o suspeito deixou para trás o veículo, onde foram encontradas drogas e munições.
Ele também é apontado como o proprietário da droga encontrada no forro de uma academia em Peixoto de Azevedo, no dia 12 de junho. O fato levou à prisão do dono da academia e do filho do investigado.
Diante dos elementos colhidos durante as investigações, o delegado de Peixoto de Azevedo, Geordan Fontenelle representou pelo mandado de prisão preventiva do investigado, que foi deferido pela Justiça e cumprido na quinta-feira (09.08), pela equipe da Polícia Civil.
Após o cumprimento do mandado de prisão, o traficante foi encaminhado para o Centro de Detenção de Peixoto de Azevedo, ficando à disposição da Justiça.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou, nesta sexta-feira (20.09), a Operação Pubblicare para cumprir ordens judiciais contra o núcleo de uma organização criminosa formado por servidores públicos que colaboravam com membros de facção na lavagem de dinheiro por meio da realização de shows e eventos em casas noturnas de Cuiabá.
Um parlamentar de Cuiabá foi preso na operação.
Setenta policiais cumprem 15 medidas cautelares, entre prisão, buscas, sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), sendo:
Um mandado de prisão preventiva;
Sete mandados de busca e apreensão;
Seis veículos e um imóvel sequestrados e bloqueio de contas bancárias
A Operação Pubblicare é desmembramento da Operação Ragnatela, deflagrada em junho deste ano, quando a FICCO-MT desarticulou um grupo criminoso que teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800.000,00, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.
Agentes públicos
Durante as investigações também foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. Foi identificado que um parlamentar atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.
Os investigados respondem pelos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com os membros da facção indiciados durante a Operação Ragnatela.
A Operação Pubblicare, termo em italiano, faz alusão à atividade do agente público, que em vez de atuar em prol da população, focava em interesses escusos da facção criminosa.
A FICCO-MT é uma força integrada composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.